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2014
Uma nova fase se inicia na vida do Corinthians.
Depois de inúmeros projetos e maquetes, finalmente um dos maiores sonhos do torcedor se concretizou: a construção do próprio estádio.
E que estádio. Lindo. Moderno. Sede da abertura da Copa do Mundo de 2014.
Para o corinthiano bater no peito orgulhoso e dizer: é nosso!
E todos sabem quem foi o grande responsável pela realização do sonho corinthiano: o ex-presidente Andrés Sanches, que será eternamente lembrado como o homem que construiu o tão sonhado estádio!
Campeonato Paulista
Mas antes de começar a falar sobre o estádio, vamos começar do início... e o começo do ano não foi muito bom para o Coringão, não...
No Campeonato Paulista, o início da nova "Era Mano" foi um fiasco. O time até começou bem, com duas vitórias das duas primeiras rodadas (2 x 1 contra a Portuguesa e 1 x 0 contra o Paulista).
Mas foi só... nas próximas seis rodadas, 4 derrotas (seguidas, com direito a uma goleada do Santos por 5 x 1) e dois empates.
O time só voltou a ganhar na 9ª rodada, contra o Oeste (2 x 1), fora de casa.
Nessa altura do campeonato, a classificação para as quartas era algo distante. Mais aí o time emplacou mais três vitórias (3 x 2, no Rio Claro, 3 x 0; no Comercial; e 4 x 0 no Linense) e o sonho de uma vaga para a próxima fase começou a fazer parte do time e da torcida.
Mas a reação parou por aí. Com a derrota para o São Paulo por 3 x 2, o time precisava de um milagre para se classificar. Que não aconteceu.
Na penúltima rodada, o Timão precisava vencer o Penapolense e torcer para a vitória do São Paulo sobre o Ituano, para chegar da última rodada e garantir a classificação em casa. Mas nada disso aconteceu. O Coringão empatou em 0 x 0 e o clube de Itu surpreendeu o São Paulo no Morumbi, vencendo por 1 x 0. No fim, o Ituano se consagraria Campeão Paulista, ao ganhar do Palmeiras na semifinal e do Santos, na grande final.
Ao Timão, restou cumprir tabela na última rodada, goleando o Atlético de Sorocaba por 3 x 0.
Resta lembrar que no meio do Paulistão, uma bomba estourou nos bastidores do futebol paulista. Pato, que não vingou com a camisa alvinegra, foi emprestado ao rival São Paulo, que em troca mandou Jadson, em definitivo.
Copa do Brasil
Na Copa do Brasil, o caminho foi bem tranquilo no começo da competição.
Na primeira fase, vitória por 2 x 0 sobre o Bahia de Feira de Santana, no dia 19 de março, eliminando, assim, o jogo de volta.
O mesmo aconteceu na segunda fase. Com vitória por 3 x 0 sobre o Nacional, de Manaus, em um dos primeiros jogos da história da Arena Amazônia, a classificação para a próxima fase foi garantida logo na primeira partida. Aliás, nesse jogo, o Corinthians realizou uma bela homenagam a Ayrton Senna, cuja morte completaria 20 anos no dia seguinte: todos os jogadores entraram carregando a réplica do capacete amarelo de Senna, e o vestiram assim que estavam perfilados no campo. Um gesto que teve grande repercussão mundial, estampando as capas de jornais de todos o globo.
A homenagem que rodou o mundo
O adversário do Timão na terceira fase seria o Bahia, em jogos a serem realizados após a Copa do Mundo.
Agora sim, podemos voltar a falar do nosso estádio.
Brasileirão e a inauguração da Arena Corinthians
Com as obras atrasadas devido a um acidente ocorrido em novembro de 2013, que ocasionou a morte de dois operários, o Corinthians teve que esperar um pouco para poder sentir o gostinho de jogar na sua casa.
O primeiro contato com a Arena Corinthians ocorreu no dia 15 de março, quando a equipe principal treinou no gramado da Arena pela primeira vez na história. Alí, a Fiel já começava a se emocionar.
Pressionado pela FIFA, que cobrava os atrasos e testes para a Copa do Mundo, o time fez dois eventos testes, fechados para o público geral: no dia 26 de abril, 5 mil crianças testaram alguns serviços do estádio, como acesso, alimentação e banheiros. E no dia 01 de maio, dia do trabalho, operários da Arena fizeram o primeiro jogo.
Paralelo a isso, o time iniciou a disputa do Brasileirão. Na primeira rodada, empate sem gols contra o Atlético Mineiro, fora de casa.
E muita emoção estava reservada para a segunda rodada, no dia 27 de abril. Seria a despedida oficial do Pacaembu, estádio que por 74 anos acolheu tão bem a Fiel e foi o lar do Corinthians. O adversário? O Flamengo. E o Timão não decepcionou e venceu por 2 x 0, gols de Guilherme e Gil.
Ver "Jogos Históricos - Corinthians 2 x 0 Flamengo - A Despedida do Pacaembu (2014)".
Com uma nova vitória na rodada seguinte, contra o Chapecoense (1 x 0), o time assumiu a ponta da competição, com 7 pontos.
Antes do clássico contra o São Paulo, outro momento histórico: a inauguração da Arena Corinthians, com a presença de mais de 100 ex-jogadores que passaram pelo Timão. Com um público de 17 mil pessoas, o dia 10 de maio de 2014 ficou na história do clube. Coube a Rivelino, mais do que justo, marcar o primeiro gol do estádio.
Corinthians x Corinthians, em um dia histórico
Ver "Jogos Históricos - Corinthians x Corinthians - A inauguração da Arena Corinthians (2014)".
No dia seguinte, empate contra o São Paulo em 1 x 1, em jogo realizado da Arena Barueri.
E na quinta rodada, enfim, o Corinthians jogaria uma partida oficial na sua nova casa.
Nada melhor do que inaugurar o novo estádio contra o Figueirense, na época o lanterna do campeonato. A vitória seria fácil e a festa estaria completa.
Mas futebol é jogado no campo. E o que se viu foi um Corinthians nervoso e péssimo, e um Figueirense jogando o jogo da vida e achando um gol no começo do segundo tempo. Resultado: vitória simples do time catarinense, que frustrou a Fiel.
A Arena Corinthians no dia de sua inauguração oficial
Ver "Jogos Históricos - Corinthians 0 x 1 Figueirense - A inauguração oficial da Arena Corinthians (2014)".
Ainda antes da Copa, o Timão teve uma nova chance de vencer na sua nova casa. Mas falhou novamente, empatando com o Botafogo, do Rio, em 1 x 1.
Após esse jogo, o clube cedeu o estádio para a FIFA, tendo que esperar o fim da Copa do Mundo para poder comemorar o primeiro triunfo em casa.
E essa vitória veio logo no primeiro jogo após a Copa, no dia 17 de julho, contra o Internacional, em jogo válido pela 10ª rodada do Brasileirão: 2 x 1 para o Coringão e fim da zica!
Ver "Jogos Históricos - Corinthians 2 x 1 Internacional - A primeira vitória na Arena Corinthians (2014)".
Dez dias depois, outro jogo histórico na Arena: o primeiro Dérbi. Com um domínio total na partida, o Corinthians vence o primeiro clássico no estádio por 2 x 0, gols de Guerrero e Petros.
Ver "Jogos Históricos - Corinthians 2 x 0 Palmeiras - O primeiro Dérbi da Arena Corinthians (2014)".
Voltando para a Copa do Brasil...
Voltando para a Copa do Brasil, o adversário da Terceira Fase foi o Bahia. Com uma vitória por 3 x 0 em casa, o Timão se deu ao luxo de perder o jogo de volta por 1 x 0, e avançar na competição.
Nas Oitavas, o Bragantino. Como mandante da primeira partida, o time de Bragança mandou o seu jogo na Arena Pantanal e venceu pelo placar de 1 x 0, jogando a pressão toda para o Corinthians
no jogo de volta, na Arena, disputado no dia 03 de setembro. Mas o Timão foi arrasador na sua casa e venceu por 3 x 1, avançando para as Quartas de Final, onde enfretaria o Atlético Mineiro.
O primeiro jogo, no dia 01 de outubro, o Corinthians teve uma bela atuação e venceu por 2 x 0, com gols de Guerrero e Luciano, na Arena Corinthians.
A confiança na classificação depois da bela vitória em casa virou certeza quando Guerrero, no início do jogo de volta, no Mineirão, abre o placar para o Timão. O Atlético teria que fazer 4 gols para se classificar. Nunca! Mas "nunca" é uma palavra que não pode ser usada no futebol.
Ainda no primeiro tempo, o Atlético vira o jogo. Na segunta etapa, a equipe mineira continou pressionando, até marcar o terceiro gol, aos 29... e o quarto, aos 42 minutos, sacramentando uma virada histórica. Nas semifinal, contra o Flamengo, o Atlético, que viria a ser o campeão, fez a mesma coisa (derrota por 2 x 0 e vitória por 4 x 1 após começar perdendo por 1 x 0).
Voltando para o Brasileirão...
Com a eliminação na Copa do Brasil, o Brasileirão se tornou o único caminho para uma vaga na Libertadores de 2015. A campanha do Corinthians no Brasileiro de 2014 foi marcada por grandes vitórias e grandes vacilos.
Dentre as grandes vitórias: contra o campeão Cruzeiro (duas), Internacional (duas), Atlético Mineiro, Grêmio, São Paulo, Palmeiras, Santos. Aliás, na vitória sobre o Santos, em 09 de novembro, o Corinthians fechou os três primeiros clássicos na Arena com 100%!
Ver "Jogos Históricos - Corinthians 2 x 0 Palmeiras - O primeiro Dérbi da Arena Corinthians (2014)".
Ver "Jogos Históricos - Corinthians 3 x 2 São Paulo - O primeiro Majestoso da Arena Corinthians (2014)".
Com essas vitórias, o título poderia ter vindo facilmente. Mas é aí que entram os vacilos. O Corinthians perdeu pontos para TODOS os times rebaixados ou ameaçados: empate com o Criciúma; duas derrotas para o Figueirense (incluindo a inauguração da Arena Corinthians); empate e derrota para o Botafogo;
empate com o Vitória; dois empates com o Coritiba; empates com Bahia e Chapecoense em casa, e por aí vai... esses péssimos resultados fizeram com que o sonho do título fosse deixado para trás bem antes do término do campeonato.
O foco então foi a conquista de uma vaga para a Libertadores. E a briga foi boa. Com Cruzeiro e São Paulo já praticamente garantidos, restaram 2 vagas para Corinthians, internacional, Grêmio, Atletico Mineiro e Fluminense (o Galo abandonaria a disputa logo, com a conquista da Copa do Brasil).
E a sequência final de quatro vitórias do Corinthians (todas elas por um gol de diferença, sofrido!) foi fundamental para a conquista da vaga. Na penúltima rodada, mesmo com a goleada sofrida pelo Fluminense, por 5 x 2, o Timão garantiu a classificação para o torneio Sulamericano, beneficiado pela derrota do Grêmio.
Na última rodada, o Timão, que estava empatado em pontos com o Internacional, precisava fazer mais pontos que o time gaúcho para ir direto para a Fase Grupos e evitar a chamada Pré-Libertadores. E estava conseguindo até os segundos finais dos jogos. O coringão venceu o Criciúma por 2 x 1. Mas o Inter, que perdia para o Figueirense, virou o jogo aos 50 minutos do segundo tempo, empurrando o Corinthians para a Pré-Libertadores.
No mesmo dia, o Corinthians anuncia a saída do técnico Mano Menezes, muito criticado pela torcida na sua segunda passagem pelo clube. Para assumir o comando técnico, a diretoria traz Tite de volta.
O técnico, que desde que saiu do Timão no final de 2013 não treinou time nenhum e apenas estudou, teria a missão de fazer o Corinthians voltar a apresentar um bom futebol em 2015.
2015
Florida Cup e jogo contra o Casuals
O ano começou com uma pré-temporada diferente. O clube foi convidado a participar de um Torneio amistoso nos EUA, a Flórida Cup. Também participaram do Torneio o Fluminense e os alemães Colônia e Bayer Leverkusen. Pelo regulamento, os confrontos seriam apenas entre os times de países diferentes. Logo, o Corinthians não enfrentaria o Fluminense. O campeão seria quem somasse mais pontos.
O Corinthians foi para os EUA um bom tempo antes do início Torneio, para participar de diversas ações de marketing: Cássio participou dos arremessos livres no intervalo do jogo da NBA, Guerrero participou do famoso desfile da Disney, etc.
Em campo, derrota para o Colônia (que também ganharia do Fluminense e seria o campeão) por 1 x 0, na Disney, e vitória por 2 x 1 sobre o Bayer, com dois gols de Guerrero.
Antes do primeiro jogo mais importante do time no ano, contra o Once Caldas, pela Pré-Libertadores, o Corinthians fez um jogo festivo contra o seu "pai" inglês, o Corinthian-Casuals, na Arena Corinthians.
Era um jogo há muito tempo esperado e planejado. O Corinthians pagou todos os custos da vinda dos ingleses para o Brasil e o que se viu foi uma grande festa.
Os ingleses chegaram antes e participaram de vários eventos: visitaram o Memorial, treinaram na Arena e no CT, participaram de um Torneio contra times também centenários de São Paulo, etc.
E no dia 24 de janeiro, a Arena Corinthians recebeu quase 26 mil torcedores que presenciaram o encontro histórico, que terminou com vitória do Timão por 3 x 0. Antes do fim do jogo, Danilo e Jamie Byatt trocaram de camisas e atuaram pelo adversário. Após o jogo, Rivellino entra em campo e entrega o "Troféu Sócrates" ao Corinthian-Casuals. Uma homenagem mais do que merecida para o clube que sempre será considerado o Pai do Corinthians!
O reencontro histórico na Arena
Ver "Jogos Históricos - Corinthians 3 x 0 Corinthian-Casuals - O reencontro de pai e filho (2015)".
No dia seguinte, o Corinthians conquistou o seu 9º título da Copinha, ao derrotar o Botafogo de Ribeirão Preto por 1 x 0.
Campeonato Paulista e Libertadores
Mas agora chega de festa e vamos para o que interessa. O primeiro objetivo do ano para o Corinthians era passar pelo Once Caldas e matar de vez o fantasma da Pré-Libertadores.
No primeiro jogo, no dia 4 de fevereiro, o Corinthians mostrou um bom futebol e praticamente garantiu a vaga para a Fase de Grupos: 4 x 0 e delírio da torcida.
No jogo de volta, empate por um 1 x 1 e passaporte carimbado para o "Grupo da Morte", com São Paulo, San Lorenzo e Danúbio, do Uruguai.
Também disputando o Campeonato Paulista, o início era promissor: vitória sobre o Palmeiras por 1 x 0, na primeira visita ao estádio Allianz Parque. O regulamento não era dos mais amados pelo povo: quatro grupos com cinco times cada, todos jogando contra todos dos outros grupos. Ou seja: o Corinthians não enfrentaria os times do seu grupo. Os dois primeiros se classificariam para as quartas.
Mas o foco mesmo era a Libertadores. Por isso, Tite armou um esquema de jogo com todos os jogadores se revezando entre Libertadores e Paulistão. Titulares disputavam a Libertadores. Os chamados "reservas" (termo que a comissão técnica abominava) disputavam o Paulista, sempre com uma mescla entre eles.
E no início deu resultado. Na estreia da Libertadores, dia 18 de fevereiro, um dos jogos mais esperados do primeiro semestre: o clássico contra o rival São Paulo, na Arena Corinthians. Jogando um futebol vistoso, o Timão dominou o jogo e venceu por 2 x 0, gols do carrasco Tricolor Elias e Jadson.
Ver "Jogos Históricos - Corinthians 2 x 0 São Paulo - O primeiro Majestoso da história da Libertadores (2015)".
Fora das quatro linhas, mídia e torcida já começavam a se entusiasmar com o time. E não sem motivos.
Pela competição continental, duas vitórias seguidas fora de casa (1 x 0 contra o San Lorenzo e 2 x 1 contra o Danúbio) colocaram o time na liderança isolada. Aliás,
o jogo contra o time argentino foi disputado com portões fechados, como punição ao clube argentino pelas confusões com sinalizadores e rojões
na final da Libertadores do ano anterior.
Ver "Curiosidades - Os Jogos com portões fechados".
No returno, a goleada sobre o Danúbio em casa por 4 x 0 (hat-trick de Guerrero) praticamente garantiu a classificação antecipada.
Pelo Paulista o "time reserva" também apresentou um futebol eficiente e se classificou em primeiro lugar geral de forma invicta (11 vitórias e 4 empates). Dentre as vitórias, uma sobre o São Paulo no Morumbi, por 1 x 0, gol do sempre carrasco Danilo.
Nas quartas de final, a Ponte Preta, em jogo único na Arena Corinthians. Jogo difícil, truncado e polêmico. O juiz anulou gol legítimo da Ponte quando o jogo estava 0 x 0. O gol da vitória corinthiana só ocorreu aos 11 do segundo tempo, com Renato Augusto.
Voltando para a Libertadores, a classificação foi confirmada no penúltimo jogo, no empate em 0 x 0 contra o San Lorenzo em casa.
Com a vaga garantida, o foco mudou para a semifinal do Paulista. Jogo único contra o arquirrival Palmeiras, na nossa Arena Em um dos melhores jogos do Campeonato, disputado no dia 19 de abril, o Timão saiu perdendo, buscou a virada, mas permitiu o empate. Nos pênaltis, vitória do rival por 6 x 5. Foi a primeira eliminação do Corinthians no novo estádio.
Para recuperar a moral, o Corinthians poderia eliminar o São Paulo da Libertadores, caso vencesse o jogo da última rodada, no Morumbi, e o San Lorenzo vencesse o Danúbio. Mas o time novamente não apresentou um bom futebol, o São Paulo devolveu a derrota por 2 x 0 e garantiu a classificação para a próxima fase. De quebra, fim da quarta maior série invicta da história do clube, com 26 jogos.
Pelo menos nas oitavas da Libertadores, enfrentaríamos o Guaraní do Paraguai. Adversário desconhecido e fraco para recuperar a moral e o bom futebol certo?
Não... futebol é jogado dentro de campo. E no primeiro jogo, no estádio Defensores del Chaco, o que se viu foi um apático Corinthians, que perdeu por 2 x 0 e se complicou de vez para o jogo da volta.
13 de maio. A torcida lotou a Arena, mas novamente o Corinthians não fez um bom jogo. As chances criadas foram poucas e a decepção tomou conta das arquibancadas. Para sacramentar de vez o vexame, gol do Guaraní aos 47 do segundo tempo, acabando com uma invencibilidade de 32 jogos na Arena Corinthians. A segunda eliminação em casa em um mês.
E aí a crise veio. De melhor time do Brasil a time comum e sem padrão de jogo.
Fora de campo, Guerrero deixa o clube e vai para o Flamengo, após falha nas negociações de renovação de contrato que se estendiam desde o final do ano anterior. O jogador pediu muito. O Corinthians disse que não pagaria o que ele queria.
Parte da torcida apoiou o jogador. Parte o colocou na lista dos "ídolos odiados".
Emerson Sheik também deixou o time (também para o Flamengo) após fim de contrato, mas esse de forma amigável.
A crise financeira fez com que o clube atrasasse salários e entrasse num período delicado. Além de Guerrero e Sheik, Fábio Santos se transferiu para o Cruz Azul e Petros para o Bétis.
Brasileirão
Após essa confusão toda, houve quem disse: "Xi, o Corinthians vai brigar pra não cair". Apesar do exagero, de fato a maioria da torcida não
tinha esperança de ver o Timão fazer uma boa campanha no Campeonato Brasileiro.
Mas aí entrou a estrela e a competência de Tite. Mais uma vez fechou o grupo e fez um trabalho fantástico.
Enquanto no Campeonato Brasileiro o Corinthians atingia a liderança, no começo de agosto, pela Copa do Brasil o Corinthians entrou nas
Oitavas de Final para enfrentar o Santos.
Eliminado com duas derrotas (2 x 0 na Vila e 2 x 1 na Arena), o Corinthians pôde voltar todas as atenções para o Campeonato Brasileiro.
E aí não teve pra ninguém. Com um futebol compacto e competitivo, liderado por um meio de campo envolvente com Jadson, Renato Augusto e Elias,
O Corinthians fez bela e sólida campanha e conquistou o Hexacampeonato Brasileiro!
Foi a coroação de um ano de trabalho que começou com grande expectativa, foi tomado de dolorosa decepção, mas que acertou o rumo e terminou como ma
melhor campanha da história do Brasileirão de pontos corridos com 20 equipes, com 81 pontos, superando o Cruzeiro de 2014 (80).
2016
A meta para 2016 era conquistar o Bi da América.
Porém, o ano já começou com um verdadeiro desmanche: Jadson, Renato Augusto, Ralf e Gil foram para a China. Vagner Love foi para o Mônaco.
Malcon para o Bordeaux.
Reforços também chegaram, em diversas posições:
Zagueiros: Vilson e Balbunena (paraguaio).
Volante: Willians.
Meias: Alan Mineiro, Marlone, Guilherme e Giovani Augusto.
Atacante: André.
Pato retorna para o clube após dois anos de empréstimo para o São Paulo. Mas só a tempo de treinar no CT por duas demanas e se tranferir para o
Chelsea, como empréstimo até o meio do ano.
Tite teve trabalho para montar o time sem os seus principais jogadores do ano anterior. Mais um desafio para o nosso comandante,
idolatrado pela torcida.
Florida Cup
Para ajudar a preparar o time, o clube mais uma vez foi para os EUA fazer a pré-temporada e disputar a Florida Cup.
O primeiro jogo foi contra o Atlético Mineiro. Apresentando um futebol razoável, o Timão perdeu por 1 x 0. No jogo seguinte, contra o Ucraniano
Shakhtar Donetsk, mais um futebol razoável e vitória por 3 x 2, com dois gols de Romero e um de Danilo.
Com esses resultados, o Coringão terminou a competição (que teve o Atlético Mineiro como campeão) na 4ª colocação.
Antes de voltar para o Brasil, o Corinthians ainda fez um amistoso contra o Fort Lauderdale Strikers, time que tem como um dos donos o
ex-jogador Ronaldo Fenômeno. Com um time inteiro de reservas, apenas um empate chocho em 0 x 0.
E nas competições oficiais... podemos dizer que as competições do primeiro semestre, Paulista e Libertadores, foram uma cópia do ano anterior.
Campeonato Paulista e Libertadores
No Paulista, um ótimo início: nos sete primeiros jogos, cinco vitórias (1 x 0 no XV de Piracicaba; 1 x 0 no Audax, 2 x 1 no Capivariano;
2 x 0 no São Paulo; 1 x 0 no Oeste) e dois empates (2 x 2 contra a Ferroviária e 1 x 1 contra o São Bento). Derrota apenas na oitava rodada, para o Santos, por 2 x 0.
Na sequência, mais cinco vitórias seguidas: 3 x 0 no Botafogo; 4 x 0 no Linense; 3 x 0 no São Bernardo; 1 x 0 no Ituano; 2 x 1 na Ponte.
Para encerrar a primeira fase, derrota no clássico contra o Palmeiras, por 1 x 0, e vitória contra o Novorizontino, por 3 x 0, terminando, assim,
a fase grupos na primeira colocação geral.
Nas quartas, o Red Bull Brasil, em jogo único na Arena. Com um futebol bonito e ofensivo, o Timão aplicou uma goleada por 4 x 0 e garantiu vaga na semifinal, contra o
Audax, também na Arena.
Mas antes de contar a história desse jogo, vamos falar sobre o início na Libertadores. Na fase de grupos, o Corinthians enfrentou Cobresal (Chile), Cerro Porteño (Paraguai)
e Santa Fé (Colômbia).
A estréia ocorreu no Chile, literalmente no meio do deserto do Atacama. Futebol feio, mas vitória importante por 1 x 0.
O jogo seguinte foi contra o Santa Fé, na Arena. Jogo complicado e mais uma vitória por 1 x 0, gol de Gulherme. Para encerrar o primeiro
turno, derrota por 3 x 2 para o Cerro.
No segundo turno, vingança contra o Cerro (vitória por 2 x 0 na Arena), empate contra o Santa Fé (1 x 1) e goleada contra o Cobresal por 6 x 0,
em uma Arena lotada. Esses resultados deixaram o Corinthians na terceira colocação geral, atrás apenas de Atlético Nacional (Colômbia) e
Pumas (México).
Voltando a semifinal do Paulista, contra o audacioso Audax (que já havia eliminado o São Paulo na fase anterior), o jogo foi realizado também em jogo único, na Arena,
no dia 23 de abril. E o Audax abriu o placar aos 29 minutos, permaneccendo assim até o final do primeiro tempo. Na segunda etapa,
logo aos 8 minutos, André empata o jogo para o Timão. Mas aos 26, outro gol do Audax. Mais uma vez o Corinthians teria que ir atrás do empate.
E novamente conseguiu, com André, 8 minutos depois. A torcida se inflamou, o time pressionou, mas a virada não veio, levando o jogo
para os pênaltis.
E numa fase em que as cobranças de pênaltis não estavam favorecendo o time, como no ano anterior o time foi eliminado nos pênaltis, na semifinal, em casa: 4 x 1 para o Audax.
Mas não havia tempo para lamentações. Na quarta seguinte, o primeiro jogo das Oitavas da Libertadores, contra o Nacional do Uruguai.
O primeiro jogo, no Uruguai, empate em 0 x 0. Apesar do empate fora de casa, não foi considerado um bom resultado... isso se comprovou no jogo de volta...
04 de maio. Arena lotada. Torcida inflamada. Mas não começou nada bem para o Timão. Logo aos 5 minutos, o Nacional abre o placar.
Ou seja, graças a regra do gol fora, o Timão teria que ganhar o jogo.
Lucca empata 10 minutos depois e deixa a torcida mais tranquila e confiante na virada. Mas nada de mais aconteceu no primeiro tempo.
Na segunda etapa, outro balde de água fria aos 12 minutos. 2 x 1 para o Nacional. E o jogo não encaixava. A tensão era palpável. 38 minutos.
Pênalti para o Corinthians. A esperança renasce na Arena! André bate. Mal. Péssimo. O goleiro defende.
Quando a torcida já se preparava para o término do jogo, outro pênalti para o Timão. Era marcar e ir pra pressão final. O gol aconteceu, com o
estreante Marquinhos Gabriel. No minuto seguinte, o derradeiro, Romero perde um gol na cara... e o árbitro apita o fim de jogo.
Mais uma vez, eliminação nas Oitavas de Final da Libertadores.
Brasileirão e Copa do Brasil
Com as eliminações quase que idênticas ao ano anterior, ficou a esperança no ar: Tite conseguirá levar o time ao título do Brasileirão, como em 2015?
Mas a resposta veio logo em seguida. Com o péssimo desempenho da Seleção Brasileira na Copa América do Centenário, sendo eliminada
na primeira fase, Dunga foi demitido pela CBF. E Tite, unanimidade nacional, foi convidado para assumir o cargo.
Apesar da tristeza pela perda do maior técnico da sua história, a torcida entendeu que Tite merecia a Seleção Brasileira, que também precisa dele, apesar da
CBF não o merecê-lo. Foi a quarta vez que o Corinthians cede o técnico para a Seleção Brasileira.
Ver "Curiosidades - Técnicos - do Corinthians para a Seleção".
Uma nova fase no clube começou. A Era Sem-Tite.
Para a vaga, o Corinthians trouxe Cristóvão Borges. Uma escolha ousada.
Mas ele durou pouco tempo no cargo. Com um aproveitamento bem abaixo do esperado (7 vitórias, 5 empates e 6 derrotas), o treinador foi demitido
em setembro, após derrota por 2 x 0 para o Palmeiras, na Arena Corinthians.
No seu lugar entrou o auxiliar técnico Fábio Carille, que já tinha assumido o Timão em dois jogos entre a saída de Tite e a chegada do próprio Cristóvão.
A palavra oficial da diretoria era que Fábio iria comandar o Corinthians até o término do Campeonato Brasileiro.
Mas a campanha do time continuava pífia. Mesmo com o aumento de vagas para a Libertadores para os clubes brasileiros (o G4 virou G6) o time caia pelas
tabelas e via a classificação ficar mais complicada.
Faltando nove rodadas para o fim do Brasileirão, o clube anuncia a volta de Oswaldo de Oliveira, técnico campeão mundial pelo Timão, em 2000.
Voltando um pouco no tempo: paralelo ao Campeonato Brasileiro, o Timão também disputava a Copa do Brasil.
Estreou nas Oitavas de Final, contra o Fluminense. Empate fora (1 x 1) e vitória simples por 1 x 0 na Arena deram a classificação
para o Coringão.
Nas Quartas, a vitória por 2 x 1 contra o Cruzeiro, em casa, deu ao Corinthians a esperança de quem sabe beliscar um título no final do ano.
No jogo de volta, já com o Oswaldo no comando do Timão, derrota por 4 x 2 no Mineirão fez ruir esse sonho. A busca pela vaga para a Libertadores
iria ter que ser travada no Brasileirão.
Mas nada deu certo. O time era muito limitado. Empates contra Flamengo, Chapecoense e Figueirense e derrota para o rival São Paulo deixaram a missão
bem mais difícil. A briga por duas vagas era travada com Atlético Paranaense e Botafogo.
A última vitória do Corinthians no campeonato ocorreu no dia 21 de novembro: 1 x 0 contra o Internacional, na Arena. Vitória muito comemorada
pela torcida, pois ajudou a rebaixar o time gaúcho que se tornou um dos maiores rivais do Timão nos últimos anos.
Na penúltima rodada, confronto direto pela vaga na Libertadores, contra o Atlético Paranaense, em casa. O placar de 0 x 0 mostra bem o que
foi aquele jogo: morno e sem emoção.
A tragédia da Chape
Antes da última rodada, o dia mais triste da história do futebol brasileiro. Não, não foi uma derrota traumática dentro de campo. Foi uma tragédia fora dele.
Noite de 28 de novembro de 2016. O avião que levava o time da Chapecoense para a Colômbia, onde disputaria a final da Copa Sul-Americana contra
o Atlético Nacional, sofre um acidente aéreo na cidade de La Unión com 77 pessoas a bordo.
O Brasil amanheceu chorando e em choque. A cada hora que passava, as notícias pioravam e o número de vítimas fatais aumentavam, até chegar ao
trágico número final de 71 mortos: 19 jogadores, 25 integrantes da comissão técnica, diretoria e convidados, 20 integrantes da imprensa e 7 da tripulação.
Dentre eles, nomes famosos como Caio Junior, Cléber Santana, Mário Sérgio e Deva Pascovicci.
Seis pessoas sobreviveram: três jogadores (Alan Ruschel, Jackson Follmann e Neto), o jornalista Rafael Henzel e dois integrantes da tripulação
(Ximena Suarez e Erwin Tumiri).
O acidente causou comoção no mundo todo. Em todos os lugares do planeta, jogadores, clubes e entidades diversas prestaram homenagens e choraram
a tragédia. Todos os monumentos do mundo se vestiram de verde para prestar solidariedade a Chape.
O telão da Arena com a homenagem à Chapecoense
O Corinthians deixou o sentimento de ódio pela cor verde de lado e pintou o site e os seus perfis nas redes sociais nas cores da Chapecoense.
O site do Corinthians com a cor verde
O facebook oficial do clube
também se pintou de verde
O Atlético Nacional, rival do time catarinense na final Sul-Americana, pediu a Conmebol que declarasse a Chapecoense campeã do torneio, o que
aconteceu dias depois.
No dia do primeiro jogo, na Colômbia, os torcedores colombianos lotaram o estádio e fizeram uma das maiores homenagens que o mundo viu. Um dia historicamente triste.
A Fox Sports também emocionou a todos na hora do jogo: "Transmitiu" o jogo, com a tela totalmente preta, apenas com o placar do jogo e os dizeres "#90minutosdesilencio". Isso tudo, como dizia a hashtag, sem som algum.
Na quarta seguinte, quando seria o jogo de volta, marcado para o estádio Couto Pereira, mais uma vez os torcedores lotaram o estádio e prestaram uma bela homenagem para as vítimas da tragédia.
Ações de diversos clubes, como empréstimo de jogadores, foram tomadas pelos grandes clubes do Brasil.
O velório dos jogadores aconteceu no dia 3 de dezembro, sábado, na Arena Condá. Um dia chuvoso, pesado. Um dia em que a maioria das pessoas
ligou a TV e chorou com Galvão Bueno narrando de forma respeitosa e perfeita o funeral de um time inteiro. Um dia de mal-estar e lágrimas nos olhos.
Por conta da tragédia, a última rodada do campeonato foi adiada em uma semana, para o dia 11 de dezembro.
Sem mais nenhum clima para futebol no ano, o Corinthians perdeu para o Cruzeiro por 3 x 2, no Mineirão e não se classificou para a Libertadores de 2017.
Com isso, mais uma vez sobrou para o téccnico. Oswaldinho é demitido exatos 2 meses após assumir o cargo.
O clube até sondou alguns técnicos, sem sucesso. E então, a surpresa: Fábio Carille (aquele mesmo que tapou o buraco entre Tite e Cristóvão e entre Cristóvão
e Oswaldo) é efetivado como o novo técnico.
2017
O desafio de Carille (e a desconfiança da torcida) para 2017 eram enormes.
Tanto que nas análises dos programas esportivos, o Corinthians era considerado a "4ª força" do estado, atrás de Palmeiras, Santos e São Paulo.
As contratações também vieram cercadas de dúvidas.
Jô, cria da base e jogador mais novo a jogar e a marcar com a camisa do Timão (ainda em 2003) volta ao clube após 12 anos, depois de passagens vitoriosas, porém polêmicas, por vários clubes do Brasil e do exterior.
Jadson, que foi para a China no final de 2015, também volta para o clube.
Kazim, atacante do Coritiba, e Pablo, zagueiro do Bordeaux, também foram contratados.
Antes mesmo do primeiro jogo do ano, o meia Marlone, até então no Corinthians, disputou o Prêmio Puskás, dado pela FIFA ao gol mais bonito do mundo no ano anterior. Apesar da votação em massa da Fiel, Marlone não conseguiu
superar o malaio Mohd Faiz Subri, ficando em 2º lugar.
Pela Copinha, o Corinthians conquistou o seu 10º título ao derrotar Batatais por 2 x 1.
Florida Cup
Voltando para os profissionais, como nos dois anos anteriores, a pré-temporada ocorreu nos Estados Unidos, onde o clube mais uma vez participou da Florida Cup, que foi dividida em dois torneios: pontos corridos (divididos em país, como em 2015 e 2016) e
mata-mata.
O Corinthians foi escolhido para disputar o mata-mata, entrando direto na semifinal, onde venceu o Vasco por 4 x 1.
Na final, o rival São Paulo, que tinha vencido River Plate da Argentina na semifinal.
O jogo foi fraco tecnicamente e terminou em 0 x 0. Nos pênaltis, vitória são-paulina por 4 x 3.
Na volta ao Brasil, o desafio era fazer o time ter condições de disputar as três competições do primeiro semestre: Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Sul-Americana.
O primeiro jogo oficial foi válido pelo Paulistão. Mas contamos isso mais pra frente...
Copa do Brasil
Pela Copa do Brasil, a estréia ocorreu no dia 08 de fevereiro, contra o Caldense. A regra era arriscada: jogo único na casa do time menor rankeado, no caso o Caldense. O empate era do visitante.
Mas o Corinthians venceu por 1 x 0 e avançou na competição.
O adversário da segunda fase foi o pequeno Brusque, de Santa Catarina, no dia 1 de março. Nessa fase, uma única mudança na regra: empate? Pênaltis. E foi o que aconteceu, depois de um jogo feio e um justo 0 x 0.
Na primeira série de cobranças, o Brusque teve a classificação na mão. 4 x 3. Na útima cobrança, João Carlos acerta o travessão. Jô marca e deixa tudo igual.
Nas alternadas, Carlos Alberto erra e Romero marca para garantir a classificação do Timão.
Na terceira fase o adversário foi o Luverdense. Vitória por 2 x 0 fora e empate em 1 x 1 na Arena.
O sorteio para a quarta fase colocou um recente rival no caminho do Timão: o Internacional, que tinha sido rebaixado para a série B no ano anterior.
Um bom empate em 1 x 1 em Porto Alegre deixou o torcedor animado e confiante para garantir a classificação no jogo de volta, em 19 de abril, na Arena.
E parecia que seria fácil: logo aos 7 minutos do primeiro tempo, Maycon abre o placar para o Corinthians. Na sequência, Jô perde uma chance clara, cara a cara com o goleiro colorado. O segundo gol era
questão de tempo. Mas o time resolveu recuar e jogar no contra-ataque. E aí levou o castigo: o Inter empata o jogo aos 27 minutos do segundo tempo. O Corinthians até tentou um ataque e outro, sem sucesso.
Nos pênaltis, mais uma vez o Timão não teve sorte na Arena: 4 x 3 para o Inter. Uma eliminação sentida pelo torcedor, que sabia que a desclassificação tinha vindo por besteira.
Campeonato Paulista e Sul-Americana
Voltando para o Campeonato Paulista, Carille conseguiu montar um time competitivo (liderado por Jadson e Rodriguinho), com uma zaga segura e forte na marcação, que foi evoluindo e crescendo no decorrer da competição,
onde conseguiu ótimos resultados em clássicos (graças aos gols de Jô) e conquistou o seu 28º título paulista, enfrentando na final a Ponte Preta, adversária do lendário título de 1977, 40 anos antes.
Paralelo a esses dois campeonatos, o Corinthians também disputava a Copa Sul-Americana. A estréia ocorreu no dia 05 de abril (ainda antes dos jogos contra o Inter pela Copa do Brasil).
O adversário da primeira fase foi o Universidad de Chile. O primeiro jogo, realizado na Arena Corinthians, terminou com vitória do Timão por 2 x 0, gols de Rodriguinho e Jadson.
A volta ocorreu somente no dia 10 de maio, três dias depois da conquista do Paulista. No lendário Estádio Nacional de Santiago,
o Corinthians mostrou um bom futebol e venceu novamente: 2 x 1 com autoridade, gols de Rodriguinho e Jadson (de novo), os dois melhores jogadores da equipe.
Com a taça do Paulistão na galeria e classificação da Sul-Americana garantida, a torcida via com bons olhos e certa dose de ânimo o início do Campeonato Brasileiro.
Mas acredito que nem o mais otimista dos torcedores imaginaria o que viria pela frente...
Antes de falar sobre a competição nacional, vamos falar sobre a Sul-Americana. Após eliminar o Universidad de Chile, o Corinthians desbancou o desconhecido Patriotas, da Colômbia,
com um empate em 1 x 1 fora de casa e vitória por 2 x 0 na Arena.
Nas oitavas, o Racing da Argentina. Na Arena, empate em 1 x 1, o que obrigaria o Corinthians a marcar pelo menos um gol na Argentina para continuar na competição.
E não foi o que aconteceu. Um feio 0 x 0 eliminou o Corinthians da competição continental, graças ao gol qualificado.
Alías, o Corinthians foi eliminado das duas competições de mata-mata (Copa do Brasil e Copa Sul-Americana) invicto, o que mostra o poder da zaga do Timão,
reflexo da filosofia que vinha desde 2008.
Brasileirão
Mas a torcida nem ligou muito para essa eliminação, pois o time estava mesmo era focado no Campeonato Brasileiro. Como disse antes, nem o mais fanático torcedor imaginaria
o que o Timão estava fazendo no Brasileirão.
Com uma campanha invicta (e inédita) no primeiro turno, o Corinthians fez um segundo turno apenas para o gasto e conquistou de forma fantástica o
Heptacampeonato Brasileiro, tornando-se o maior campeão do Campeonato Brasileiro!
Para coroar o título, um feito inédito: Jô, o menino do Terrão, foi o artilheiro da competição com 18 gols (ao lado de Henrique Dourado, do
Fluminense). Foi o primeiro jogador corinthiano a ser artilheiro do Campeonato Brasileiro!
O técnico Fábio Carille conseguiu, com um time modesto e sem estrelas, fazer o que somente o grande time de 1999 (considerado por muitos
como o melhor Corinthians de todos os tempos) tinha conseguido até então: ser campeão paulista e brasileiro no mesmo ano.
2018
Florida Cup e Campeonato Paulista
O bom trabalho de Carille continuou em 2018. Mesmo com as saídas de Pablo, Arana e Jô (que afetaram zaga, meio campo e ataque) o Corinthians manteve o futebol eficiente.
Para recompor a zaga, Henrique. Para a lateral, Sidcley. Para o meio campo, a volta do volante Ralf e a contratação da jovem promessa Mateus Vital. Para o ataque... bom aí estava o grande
problema do Corinthians no início de 2018. Após a saída de Jô, o clube não conseguiu contratar um atacante para ser o camisa 9 do time.
Como de praxe, a pré-temporada foi feita nos EUA. Pela Florida Cup, o Corinthians enfrentou o PSV, da Holanda, e o Rangers, da Escócia.
Contra o time holandês, o Corinthians abriu o placar no primeiro tempo com o time titular, mas tomou o empate na segunda etapa, com o time reserva. Nas cobranças de pênaltis, para a disputa do
ponto-extra, deu Timão: 5 x 4.
Contra o time escocês, o roteiro foi parecido: primeiro tempo com time titular, domínio do jogo e 2 x 0 no placar. No segundo tempo, novamente com o time reserva, tomou a virada: 4 x 2.
De volta ao Brasil, vamos ao Campeonato Paulista. Sem a mesma regularidade do ano anterior (mas com a mesma eficiência) o Corinthians surpreendeu novamente e
conquistou o Bicampeonato Paulista em cima do favorito Palmeiras!
Desde 1983, com a Democracia Corinthiana, que o Corinthians não conquistava o Paulistão em dois anos seguidos.
Libertadores
Mas a alegria no ano para o corinthiano pararia por aí. Logo após a conquista do Paulistão, Carille deixa o clube após receber uma
proposta milionária do futebol árabe.
Se quando Tite saiu o auxilixar Carille assumiu e deu certo, porque não, na saída do próprio Carille, dar uma chance ao auxilixar Osmar
Loss, técnico que fez um bom trabalho na base do Timão desde 2013?
E assim foi. Loss assumiu o comando técnico do time, com a esperança da torcida de ser o "novo Carille". Mas tem coisas que só acontencem
uma vez...
Em meio a tudo isso, ainda com Carille no comando, o Corinthians fez uma campanha bem irregular na Fase de Grupos da Libertadores (perdendo
para o Indepediente (ARG) e Millonarios (COL) na Arena), mas conseguiu a classificação para as oitavas, onde enfrentaria o Colo-Colo, do Chile.
E a expectativa era enorme. Se o Timão passasse da equipe chilena e o Palmeiras passasse do Cerro Porteño, se enfrentariam nas quartas de final.
Mas a maldição das oitavas falou mais alto. Após derrota por 1 x 0 no jogo de ida, em Santiago, o Corinthians precisava de uma vitória por
dois gols de diferença para avançar. E começou bem: aos 16 minutos, Jadson abre o placar, de pênalti. Mas o balde de água fria veio ainda no
primeiro tempo: Barrios empata. O Corinthians precisava novamente de mais dois gols...
Aos 18 do segundo tempo, as esperanças se renovaram: Roger colocar o Timão na frente de novo.
Mas o terceiro gol, o que daria a classificação para o Timão, não saiu... mais uma eliminação sul-americana nas Oitavas por conta do gol qualificado...
Loss não aguentou a pressão e caiu. Para o seu lugar, chegou Jair Ventura.
Copa do Brasil
O principal objetivo de Ventura foi levar o Timão ao título da Copa do Brasil, que já estava na sua fase semifinal. Mas antes,
vamos voltar lá do começo.
Como um dos clubes brasileiros participantes da Libertadores de 2018, o Corinthians entrou diretamente nas Oitavas de Final da Copa do Brasil.
O adversário de estreia foi o Vitória, da Bahia.
Depois de 0 x 0 no Barradão, o Corinthians, ainda com Carille, fez o dever de casa no jogo da volta, dia 10 de maio, e venceu fácil o time baiano por 3 x 1, gols de Maycon e Romero (2).
Mais de 2 meses depois, já com Osmar Loss, o Corinthians enfrentou a Chapecoense nas quartas.
No primeiro jogo, disputado na Arena, mais uma vez Romero fez a diferença e marcou o gol da vitória do Timão. Foi o primeiro jogo da história
do Corinthians com o VAR (árbitro de vídeo).
No jogo de volta, dia 15 de agosto na Arena Condá, o placar se repetiu a favor do Coringão. Desse vez foi Jadson quem marcou o gol da vitória, de falta.
E aqui chegamos a Jair Ventura e seu desafio na semifinal: o Flamengo. Time badalado, com alto investimento, que, mesmo devendo uma resposta ao seu torcedor, era melhor tecnicamente que o Corinthans.
No primeiro jogo, disputado no Maracanã no dia 12 de setembro, o Corinthians se segurou lá atrás e conseguiu um empate em 0 x 0. Agora era ir pra Arena e ser empurrado pela Fiel.
E com mais um show da Fiel, a Arena estava lotada naquele 26 de setembro. Com direito a mosaico e tudo o mais, o Corinthians foi pra cima do Flamengo para conseguir a heróica classificaçao para a final.
Logo aos 14 minutos, após belo cruzamento de Jadson, Danilo Avelar abre o placar para o Timão e faz a Arena explodir. Pena que não deu nem tempo de comemorar. Quatro minutos depois, após cruzamento na área do Timão, Henrique faz contra e empata o jogo.
E a partir daí o jogo ficou tenso. O Flamengo era melhor e ia pra cima do Timão, que conseguiu ir para o intervalo com o empate.
No segundo tempo, o mesmo cenário: O Flamengo atacava e o Corinthians se defendia.
Aos 22 minutos, Jair Ventura coloca Pedrinho. O menino precisou de 38 segundos para receber uma bola fora da área, de frente para o gol, cortar para o meio
e bater firme no gol, surpreendendo o goleiro flamenguista: golaço do Corinthians e delírio nas arquibancadas da Arena!
O Flamengo foi pra cima. Tentou, tentou. Chutou uma bola na trave aos 47 minutos! Mas aos 49 o árbitro apita o fim de jogo! O Corinthians estava na sua sexta final de Copa do Brasil, em busca do seu quarto título!
Antes da final, um momento histórico fora da campo: o Corinthians lança uma de suas mais belas terceiras camisas, em homenagem ao
ídolo brasileiro Ayrton Senna. A camisa rodou o mundo, levando fanáticos por Senna a loucura. Para confirmar o sucesso e a beleza desta camisa,
no início de 2019 o site Footy Headlines, especializado em uniformes de futebol, elegeu esta camisa como a 2ª mais linda no mundo em 2018,
perdendo para a camisa da Nigéria utilizada na Copa do Mundo. Apenas para ficar melhor: a terceira camisa do Palmeiras foi eleita a 12ª mais feia rsrs.
(Ainda sobre essa camisa: no início de janeiro de 2020 foi eleita pelo site Classic Football Shirts a 8ª camisa mais bonita da década (2010 à 2019)).
Voltando: o adversário da Final da Copa do Brasil foi o Cruzeiro, até então o maior campeão da competição, junto com o Grêmio, com 5 títulos.
O Mineirão foi o palco do primeiro jogo da decisão. Admitindo a inferioridade técnica, a estratégia do Timão foi a mesma que contra o Flamengo: se defender e voltar pra Arena com um bom resultado para
o jogo de volta.
E estava dando certo, até os 45 do primeiro tempo, quando Thiago Neves abriu o placar para o time mineiro.
O objetivo do segundo tempo era não tomar mais gols. E foi alcançado: 1 x 0 para o Cruzeiro. Agora era ir pra Arena e fazer o jogo da vida!
17 de outubro. Arena Corinthians estrumbada. O torcedor sabia que o Cruzeiro era bem mais time. Mas o Flamengo também não era?
Nesse momento, a mística da camisa corinthiana prevalecia sobre todos os sentimentos. Somos o Corinthians. O time da raça. E isso bastava
naquele momento.
Momento que ficou mais difícil quando o Cruzeiro abriu o placar, aos 27 do primeiro tempo, dando números finais a primeira etapa.
O Corinthians tinha 45 minutos pra marcar dois gols e levar o jogo para os pênaltis.
Aos 7 minutos, Ralf divide a bola com Thiago Neves e cai na área. O árbitro manda o jogo seguir, mas pára logo em seguida. O VAR chama o juiz
para ver o lance. Após consulta ao VAR, o juiz volta atrás e marca o pênalti para o Corinthians. Jadson cobra e empata o jogo!
O jogo fica nervoso, com o Cruzeiro levando perigo ao gol do Corinthians, que tentava o segundo gol. Que veio aos 24 minutos: Pedrinho
acerta um chutaço de fora da área e acerta o ângulo! Explosão da Fiel! Que se cala logo em seguida. O VAR novamente chama o juiz, que vai
analisar o lance do gol. Silêncio e tensão na Arena. O juiz volta e anula o gol, alegando falta de Jadson em Dedé no início da jogada do gol.
Na opinião deste site, o VAR errou nos dois lances que interferiu.
Após o balde de água fria, o Corinthians diminuiu o ritmo e abriu espaço para o Cruzeiro fazer o segundo gol e garantir de vez o título.
Ao fim do jogo, a torcida aplaude o time, ciente de que houve luta e entrega até o fim.
Brasileirão
Mas agora a luta era outra. Faltando 9 rodadas para o fim do Brasileirão, o Corinthians estava a 4 pontos da zona de rebaixamento.
O Corinthians tinha ainda 4 jogos em casa e apostava nesses jogos para se salvar.
E ai foi um sufoco atrás de sufoco com a sequência irregular que se seguiu:
Vitória 2 x 2 Corinthians.
Corinthians 2 x 1 Bahia (com Danilo marcango o gol da vitória no finalzinho, de bicicleta)
Botafogo 1 x 0 Corinthains.
Corinthians 1 x 1 São Paulo.
Cruzeiro 1 x 0 Corinthians.
Corinthians 1 x 0 Vasco (o jogo chave).
Atlético Paranaense 1 x 0 Corinthians.
Faltavam duas rodadas. O Corinthians estava com 43 pontos. Ganhando do Chape, em casa, se salvaria.
O jogo marcou a despedida de Sheik e Danilo jogando na Arena (Sheik se aposentando e Danilo se despedindo do Timão, após não renovação
do contrato).
O jogo foi feio tecnicamente e terminou empatado em 0 x 0. Com a combinação de vários resultados, foi o suficiente para livrar matematicamente
o time do rebaixamento (na verdade, após o final da competição, 43 pontos já livrava o time, alcançados com a vitória sobre o Vasco).
Na última rodada, a derrota para o Grêmio por 1 x 0 marcou uma campanha para se esquecer, repleta de recordes negativos:
Recorde de derrotas: O Corinthians perdeu 27 das 72 partidas oficiais que fez em 2018 (16 delas no Brasilerão). Foram ainda 29 vitórias
e 16 empates no ano. O número de derrotas é o maior do século 21. Até então, a pior marca era a de 2006, ano em que o Corinthians
foi batido em 25 oportunidades.
Pior pontuação desde o rebaixamento: O Corinthians de 2018 igualou a pontuação da equipe rebaixada em 2007, com 44 pontos.
Diferentemente daquele ano, porém, quando o Timão ficou apenas na 17ª posição, desta vez o clube acabou na 13ª posição, a dois pontos do
Sport, o time com mais pontos no Z-4. De qualquer forma, foi a pior colocação desde a volta à Série A, em 2008.
Pior turno da história: De seus 44 pontos no Brasileirão, o Corinthians somou apenas 18 no returno. Foram quatro vitórias,
seis empates e nove derrotas, com um aproveitamento de 31,5%. Desde 2003, quando o Brasileirão começou a ser disputado por pontos
corridos, o Timão nunca havia terminado um turno com desempenho tão ruim – o pior era o returno de 2007, com 31,6%.
Derrotas na Arena: O Corinthians somou sete derrotas em Itaquera neste ano, o pior desempenho em uma temporada na arena.
Até então, o recorde era três tropeços, número obtido em 2015, 2016 e 2017. Foram 35 partidas na Arena, com outras 19 vitórias e nove empates.
Visitante inofensivo: O Corinthians terminou o ano em longo jejum de vitórias fora de casa. O último triunfo longe de Itaquera foi em
15 de agosto, quando bateu a Chapecoense por 1 a 0, nas quartas de final da Copa do Brasil. No Brasileirão, como visitante, o
Corinthians só conseguiu acumular 9 de 57 pontos. Foram duas vitórias, três empates e 14 derrotas. Aproveitamento de 15,7% como visitante.
Jair Ventura teve o pior aproveitamento de um técnico do Corinthians desde 2006. Com quatro vitórias, seis empates e nove derrotas,
ele termina o ano com 31,6%. Em 2006, durante o período da MSI, Geninho deixou o Corinthians com aproveitamento de 21,21% dos pontos,
com oito derrotas, duas vitórias e um empate em 11 jogos.
Um dia após o final da competição, Ventura é demitido. Dias depois, o Corinthians confirma a volta de Fabio Carille.
2019
A grande dúvida que pairava na cabeça do corinthiano no início do ano era: Será que Carille conseguirá fazer em 2019 o que fez em 2017?
As contratações foram muitas e surpreenderam: o zagueiro Manoel, o meia equatoriano Sornoza, o meia Ramiro, o volante Júnior Urso, o atacante argentino Mauro Boselli, além das voltas de Vagner Love e Gustavo (Gustagol,
que estava emprestado para o Fortaleza e que teve papel de destaque na conquista da Série B do ano anterior).
Outra importante notícia de início de ano foi o anúncio do banco BMG como o patrocinador master do clube, que estava sem esse tipo de patrocínio desde 2017, com a saída da Caixa. Porém, o valor do
patrocínio foi considerado pequeno e uma polêmica se espalhou. O clube teve que vir a público informar que além do valor fechado existe uma parceiria com comissão em produtos específicos e bla bla bla...
Antes de falarmos sobre o desempenho do Timão dentro de campo, vamos falar sobre uma tragédia que abalou o mundo do futebol. 8 de fevereiro. Um incêndio nas acomodoções provisórias do CT do Flamengo, utilizadas pelos atletas da base,
mata 10 meninos, chocando e entristecendo o mundo inteiro.
Para homenagear os meninos, o Corinthians entrou em campo no dia 10, contra o Novorizontino, com a frase "Força Flamengo" na camisa.
E falando nesse jogo, vamos começar a falar sobre futebol.
Campeonato Paulista e Copa do Brasil
O começo foi péssimo. Com 2 derrotas e 1 empate em 4 jogos, o Corinthians fazia o seu pior início de século. Para diminuir um pouco a crise, vitória sobre o Palmeiras, mais uma vez na casa deles.
E assim foi. Com uma campanha irregular e repleta de críticas, o Corinthians conquistou mais um estadual, o Tricampeonato Paulista que o clube não conquistava há 80 anos, desde 1939.
Carille ainda conseguiu um grande feito: foi o técnico dos 3 títulos, algo que não ocorria desde o primeiro tri, em 1922/23/24.
E assim como no ano anterior, o título estadual "salvou" o ano. O título que chegou mais próximo foi o da Sul-Americana, onde o Timão chegou até a semifinal.
Mas vamos começar pela Copa do Brasil.
Na primeira fase, o Corinthians passou pelo Ferroviário, do Ceará. O regulamento dizia que em caso de empate o time visitante se classificaria.
O Ferroviário decidiu mandar o seu jogo no Estádio do Café, no Paraná. Mas quem pensou que o Corinthians teve vida fácil, se enganou. O time do Nordeste esteve duas vezes a frente do placar, mas Gustagol
empatou duas vezes, garantiu o 2 x 2 no placar e a classificação corinthiana.
Na segunda fase, o adversário foi o Avenida, do Rio Granda do Sul. Nessa fase ninguém tinha vantagem do empate. Empatou, pênaltis.
O jogo foi na Arena e mais uma vez o Corinthians passou sufoco. O time gaúcho abriu surpreendentes 2 x 0 no placar com 9 minutos de jogo. A Fiel não acreditava no que via.
O Corinthians ainda conseguiu diminuir o prejuízo antes do intervalo, com Henrique.
No segundo tempo, o drama logo apareceu a medida que o tempo ia passando. Uma eliminação nessas circustências seria vexatória. O momentâneo alívio veio somente aos 31 minutos, com Danilo Avelar. E quando todos
esperavam os pênaltis, Junior Urso vira para o Timão, levando a Arena ao delírio. Gustagol ainda levou placar ao enganoso 4 x 2 e garantiu a vaga para as terceira fase.
O adversário foi o Ceará. Nessa fase, era ida e volta, sem gol qualificado. O primeiro jogo foi no Ceará. O Corinthians mostrou um bom futebol e venceu por 3 x 1, gols de Junior Urso, Love e Jadson.
Agora teríamos um pouco de paz na competição! De certa forma sim. O segundo jogo foi morno e tranquilo. Atá os 42 do segundo tempo, quando o Ceará marcou o seu gol. Animado, o Caerá veio
pra cima em busca do gol que levaria o jogo para os pênaltis. Mas nada feito. 3 x 2 no placar agregado e mais uma classificação.
Na quarta fase, a Chape. Na Arena Condá, vitória do time catarinense por 1 x 0. No jogo de volta, o primeiro após o título paulista, o Corinthians talvez tenha feito o seu melhor jogo do ano até então e venceu
com autoridade: 2 x 0 e meta alcançada: classificação para os Oitavas de Final, onde entrariam o Flamengo.
Com duas derrotas por 1 x 0, em São Paulo e no Rio, o Corinthians foi eliminado pela equipe carioca, mesmo fazendo um bom jogo na volta, no Maracanã.
Sul-Americana
Pela Sul-Americana, único título que falta para a galeria corinthiana, o Corinthians enfrenou o Racing, da Argentina (que viria a ser o campeão argentino pouco tempo depois) na 1ª fase. Após dois empates em 1 x 1, na Arena e no El Cilindro, o Corinthians venceu por 5 x 4 nos pênaltis e avançou para a 2ª fase.
O adversário foi o Deportivo Lara, da Venezuela. Com duas vitórias por 2 x 0, o Timão passou fácil e seguiu firme na competição.
Nas oitavas, o Montevideo Wanderers, do Uruguai. O Timão ganhou na Arena (2 x 0) e no Uruguai (2 x 1).
O adverdsário das quartas foi o Fluminense. Na Arena, empate em 0 x 0. No Maracanã, outro empate, agora por 1 x 1. O gol fora de casa classificou o Corinthians para a inédita semifinal da competição, onde enfretaria o Independiente Del Valle, do Equador.
A suposta fragilidade do adversário fez com que o Corinthians não entrasse 100% focado no primeiro jogo, disputado na Arena, e quando viu já estava 2 x 0 para o time equatoriano.
A tarefa de virar o jogo no jogo de volta era difícil, mas o Timão foi pra cima. Boselli abriu o placar aos 29 minutos do 1º tempo.
No segundo tempo, o Timão foi para o ataque, atrás do gol que levaria o jogo para o pênatis. Mas tomou o empate aos 23 minutos. Clayson ainda deu uma esperança para o Corinthians ao colocar o time na frente novamente, aos
42 minutos. Mas três minutos depois o time equatoriano empata novamente, colocando números finais a partida: 2 x 2 e despedida da competição.
Nessa altura do campeonato, Carille já estava pressionado e recebendo críticas de todos os lados: torcida, imprensa e até internamente. Seu jogo feio e retranqueiro já não mais agradava a ninguém, mesmo trazendo algum resultado dentro de campo.
Brasileirão
No Campeonato Brasileiro, o time vinha disputando posições na parte de cima da tabela, ficando entre o 4º e o 8º lugar.
Após a eliminação da Copa Sul-Americana, o desempenho do Timão caiu no Brasileirão. Após vencer a Chapecoense fora de casa por 1 x 0, o Corinthians emplacou uma sequência de 8 jogos sem vitória: empates contra Grêmio, Athletico, Goiás e Santos; e derrotas
contra São Paulo, Cruzeiro, CSA (ambos biragando contra o rebaixamento) e finalmente contra o Flamengo de Jorge Jesus por 4 x 1, culminando com a demissão de Carille.
Interinamente assumiu o Dyego Coelho, técnico da base. Mas o clube não perdeu tempo, contratando o jovem e promissor técnico Tiago Nunes, campeão da Sul-Americana e da Copa do Brasil pelo Athletico Paranaense.
Como Tiago disse que só assumiria o time em 2020, coube a Coelho comandar a equipe nos últimos 8 jogos do Brasileirão.
Com 3 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, o Corinthians terminou a competição em 8º lugar, classificando-se para a 2ª fase da Libertadores, a chamada Pré-Libertadores.
Cabe a nós, torcedores, ter paciência com o novo comandante, para que ele possa fazer um bom trabalho em 2020, levando o time novamente para o caminho dos títulos.
2020
O ano começou com grandes expectativas no Parque São Jorge. Tiago Nunes assumiu o comando técnico do time com a promessa
de implantar uma nova filosofia no futebol, que nos últimos 10 anos foi de valorizar a tática defensiva.
Além do técnico, outras duas contratações também tiveram destaque: a de Luan, que veio do Grêmio com pinta de estrela (mesmo estando meio apagado nos
últimos tempos) e a do colombiano Cantillo, vindo do Junior Barranquilla. Ambos chegaram para arrumar o meio de campo e fazer a bola
chegar mais redonda para os atacantes Love e Boselli.
Florida Cup
Para a pré-temporara o clube voltou a disputar a Florida Cup, torneio que o clube tinha desistido de participar no ano anterior.
O primeiro adversário foi o New York City e vitória por 2 x 1, com dois gols de Luan, um deles de falta. Parecia que naquele momento
o jogador (que chegou declarando o seu corinthianismo desde criança) entraria de vez nas graças da torcida. Mas só parecia...
O segundo e último jogo foi contra o Atlético Nacional, da Colômbia. O Timão abriu o placar logo aos 7 minutos e parecia que ia vencer
o jogo facilmente. Boselli perdeu um pênalti aos 26 minutos, mas a impressão era de que o segundo gol era questão de tempo. Mas como futebol
é fascinante justamente por ser imprevisível, o time colombiano empata no final da primeira etapa.
As substituições de todos os jogadores no intervalo fizeram o time perder o comando do jogo e levar a virada aos 38 do segundo tempo.
Como em anos anteriores na Florida Cup, quando o time fazia um bom primeiro tempo e comandava a partida, as substituições no intervalo
fizeram a diferença, fazendo com que o Corinthians mais uma vez não conquistasse o título do torneio de pré-temporada, que ficou com o Palmeiras.
Libertadores e Campeonato Paulista
O grande objetivo do time no início do ano era se garantir na fase de grupos da Libertadores. Para isso, teria que passar pela traumática
Pré-Libertadores (onde o time já tinha sido eliminado pelo Tolima, em 2011). Desta vez a tarefa era ainda mais complicada: agora eram
duas fases iniciais. E logo de cara mais um fantasma: O Guaraní do Paraguai, time que eliminou o Timão nas Oitavas de Final da Libertadores
de 2015, seria o primeiro adversário do Timão.
Antes de chegar a esse confronto, vamos falar sobre o início do Paulistão. A fórmula de disputa era parecida com a dos anos
anteriores: jogos contra os times do outros grupos, quartas e semi em jogo único e final em duas partidas. E o Timão começou bem, com vitória sobre o Botafogo por 4 x 1, em casa.
Na sequência empate contra o Mirassol (1 x 1), derrota para a Ponte (2 x 1, em Campinas) e vitória sobre o Santos, na Arena (2 x 0 no dia
02 de fevereiro).
E assim chagemos no dia 05 de fevereiro, data do primeiro confronto contra o Guaraní, fora de casa. E o resultado não poderia ter sido pior:
derrota por 1 x 0. O Timão teria que jogar muito na semana seguinte para se classificar.
Antes, no domingo, derrota para a Inter de Limeira, em casa, por 1 x 0. Não era exatamente o resultado que o time queria pra ir com
moral para o jogo contra os paraguaios.
12 de fevereiro. Arena lotada. O Corinthians entra em campo com um objetivo: marcar dois gols de diferença e se classificar para a
próxima fase da Libertadores. E o começo foi promissor: logo aos 8 minutos Luan abre o placar para o Timão.
Mas aos 28 minutos um problemão: Pedrinho tentou um bicileta e acertou o jogador adversário. Com já tinha cartão amarelo, levou o segundo e
foi expulso de campo. Com a torcida ainda assustada e tensa pela expulsão de Pedrinho, o Corinthians foi pra cima. E aos 31 minutos Luan faz bela
jogada e rola para Luan ampliar o placar: 2 x 0, resultado que dava a classificação para Coringão. Ainda no finalzinho
da primeita etapa, Love cabeceia firme para o gol e o goleiro paraguaio faz milagre.
No segundo tempo o Corinthians era melhor em campo, mesmo com um a menos. Mas foi o Guaraní que marcou, aos 8 minutos. Era o gol que não podíamos tomar.
Agora precisávamos de mais um. O jogo iria ficar sofrido. Mesmo atacando, o Corinthians não conseguiu o terceiro gol e foi eliminado mais uma vez da Pré-Libertadores,
mais uma vez para o Guaraní e mais uma vez pela tal regra do "gol fora", que tanto nos prejudicou na história da competição...
Mas vida que segue... nos restava o Paulista. Porém o time se perdeu após a eliminação da competição continental. Não mais jogava bem. Não
mais empolgava o torcedor. E os resultados não vieram. Empate em 0 x 0 contra o São Paulo, a inacreditável derrota para o Água Santa, por
2 x 1, e mais um empate contra o Santo André, na Arena, ligaram o sinal de alerta no Timão. A classificação estava bem ameaçada. O time
teria que pontuar bem nos últimos quatro jogos.
Mas logo em seguida, empate contra o Novorizontino, fora de casa, resultado que colocou o Corinthians na lanterna no grupo, com 10 pontos.
Coronavírus e a paralização das competições
E aí entrou em cena o mais temido dos adversários, não só do Timão, mas do mundo: a pandemia da Covid-19, causada por um novo tipo do Coronavírus,
que começou na China no final do ano anterior e já começava a aterrorizar o mundo. O vírus chegou ao Brasil em fevereiro.
Na Europa os jogos do início de março já foram disputados com portões fechados. E não demorou para as competições serem paralizadas de vez.
As Olímpiadas, Copa América e Eurocopa foram adiadas para 2021, mostrando o quão grave era o cenário.
O Brasil não demorou para tomar as mesmas medidas. A próxima rodada do Paulistão seria com portões fechados. A vitória era fundamental
para o Timão continuar com chances de se classificar. Mas mais uma vez o resultado nao veio. Contra o Ituano na Arena vazia (com os auto-falantes emitindo sons
da torcida para tentar dar um clima) o Corinthians até saiu na frente mas tomou o empate, mais um em 1 x 1.
Ver "Curiosidades - Os Jogos com portões fechados"
A situação no grupo chegou ao seu pior cenário: Bragantino com 17 pontos, Guarani com 16 e Corinthians e Ferroviária empatados com 11, restando
duas rodadas para o fim da fase de grupos. O próximo jogo do Timão? O Derby contra o Palmeiras, em casa.
Mas o futebol por aqui também parou.
Ver "Curiosidades - Quando o futebol parou"
Por dois meses não tivemos futebol no mundo (exceto em alguns países doidos e com futebol insignificante). Os canais esportivos passaram reprises e mais
reprises de jogos das mais diferentes décadas.
Na Europa, o primeiro país a retornar a competição foi a Alemanha, no dia 16 de maio, 2 meses após as competições serem paralizadas. Outros países do velho continente voltaram em início e meados de junho.
No Brasil, com a pandemia fora de controle e com os casos aumentando dia após dia, esperou um pouquinho mais. Mas só um poquinho...
A primeira grande competição a voltar no país foi o Campeonato Carioca, no dia 19 de junho.
No dia 08 de julho a Federação Paulista de Futebol, após autorização do Governo do Estado, anunciou o retorno do Paulistão para o dia 22 de julho.
Porém, ao contrário da Europa, que só voltou com a pandemia controlada, aqui no Brasil o futebol voltou com a pandemia no auge das mortes.
No mesmo dia em que o futebol paulista voltou (claro que com portões fechados), o número de casos confirmados era de 2.231.871, com 82.890 mortes (1.284 nas últimas 24 horas). Coisas do Brasil...
A volta do futebol e do Campeonato Paulista
A situação do Corinthians na volta do Campeonato Paulista não era nada animadora. Com chances remotas de classificação e ainda com risco de rebaixamento, o Corinthians tinha que vencer seus dois últimos jogos
e torcer por uma baita combinação de resultados.
O primeiro jogo da volta foi contra o Palmeiras, na Arena. Com gol de Gil, o Corinthians venceu o Derbi por 1 x 0 e pegou a liderança do confronto pela primeira vez desde 1967 (128 x 127).
Na última rodada, a conta era simples: vencer o Oeste e torcer para o São Paulo vencer o Guarani. E foi justamente o que aconteceu. Enquanto o São paulo fazia 3 x 1 no time de Campinas, o Corinthians metia 2 x 0 no
Oeste e se classificava para as quartas de final do Paulista.
Nas quartas, o badalado Red Bull Bragantino em jogo único no Morumbi. Enquanto muitos apontavam o time de Bragança favorito, o Corinthians fez valer o peso da camisa e ganhou por 2 x 0. Jô, que retornou
ao clube durante a pausa da pandemia, marcou um dos gols, o seu primeiro gol na sua terceira passagem no clube.
Na semifinal, adversário menor, mas joguinho chato e perigoso. Com gol de Éderson, o Corinthians venceu o Mirassol pelo placar mínimo e se garantiu na sua quarta final seguida de Paulista. O adverário? O maior rival.
Corinthians e Palmeiras fizeram um primeiro jogo bem xoxo, o que refletiu no empate sem gols, na Arena.
Mas as emoções estavam reservadas para o segundo jogo, disputado no dia 08 de agosto, no Allianz. O Corinthians buscava o inédito Tetracampeonato Paulista seguido (feito só alcançado pelo Paulistano, em 1919).
E de quebra conquistar o seu segundo título no estádio adversário.
O primeiro tempo foi bem equilibrado, mas terminou sem gols. Na segunda etapa, logo aos 3 minutos de jogo, Luis Adriano marca de cabeça e coloca o Palmeiras na frente. O Corinthnians sentiu demais o gol e não levava perigo
ao adversário. Mas quem nunca ouviu "nunca duvide do Corinthians, acredite até o fim"?
52 minutos. Jô domina na área e é derrubado por Gustavo Gomes. Pênalti!! O mesmo Jô marca e leva a decisão para os penâltis.
Mas dessa vez o time não foi eficiente nas cobranças. Michel e Cantillo erraram suas cobranças e o Palmeiras venceu por 4 x 3, conquistando o título que não conquistava desde 2008.
Naming Rights, Brasileirão e Copa do Brasil
Com o calendário apertado e sufocada por conta dos 4 meses de paralisação, as competições foram se atropelando e só foram terminar no ano seguinte.
O Campeonato Brasileiro teve início em 12 de agosto e término em 25 de fevereiro de 2021.
Antes de falar sobre a competição, um momento histórico fora de campo: depois de 7 anos, o Corinthians finalmente vendeu o Naming Rights da sua Arena para a empresa farmacêutica Hypera Pharma
por R$ 300 milhões, válido por 20 anos. A empresa escolheu a marca Neo Química para nomear o estádio, que se passou a chamar Neo Química Arena. O anúncio foi realizado no dia do aniversário do clube, 1 de setembro.
Voltando para o Brasileirão, o Corinthians fez um campeonato bem irregular. Tiago Nunes, que vinha recebendo enormes críticas por não conseguir dar um padrão de jogo ao time, durou apenas 8 rodadas da competição.
Foi demitido após derrota por 2 x 0 no Derby, deixando o time na 13ª colocação, com duas vitórias e três empates.
Após 7 jogos com o interino Dyego Coelho, Vagner Mancini é anunciado como o novo técnico no dia 12 de outubro.
Mas o time não engrenou e terminou a competição apenas na 12ª colocação, conquistando a última vaga para a Sul-Americana.
Mesmo sem fazer papel de destaque, o Corinthians foi protagonista na última rodada da competição, como vimos já em fevereiro de 2021.
O Internacional precisava vencer o Corinthians e torcer por uma derrota do Flamengo para ficar com o título.
O Flamengo perdeu (2 x 1 para o São Paulo). Mas o Corinthians segurou o empate em 0 x 0, no Beira-Rio, evitando o título colorado, que não vem desde 1979. Mais um capítulo dessa rivalidade que se firmou nos últimos anos...
Na Copa do Brasil, o Corinthians entrou nas Oitavas de Final e enfrentou o América, de Minas.
Com derrota por 1 x 0 na Arena e empate no jogo de volta por 1 x 1, no dia 04 de novembro, o Corinthians se despediu precocemente da competição.
Ainda no final de 2020, Duílio Monteiro Alves, da mesma chapa de Andrés Sanches, ganha as eleiões e se torna o mair novo presidente do clube.
2021
Campeonato Paulista e Copa do Brasil
Com o Campeonato Brasileiro de 2020 terminando apenas em 25 de fevereiro de 2021, o Campeonato Paulista só teve início em 28 de fevereiro (ainda sem presença de público). E já começou tumultuado.
Com o aumento do número de mortes por Covid-19, o Governo do Estado de São Paulo anunciou no dia 11 de março que as atividades esportivas deveriam ser paraisadas entre 15 e 30 de março.
Meio contrariada e pensando nos seus próprios problemas, a Federação Paulista marcou o jogo de Corinthians e Mirassol, realizado no dia 23 de março, para o estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, Rio de Janeiro.
Foi o primeiro jogo da centenária história do Campeonato Paulista disputado fora do Estado de São Paulo! Para ficar mais infame, neste dia se bateu o recorde de mortes por Covid-19 no Brasil até então: 3.158.
Mesmo a vitória por 1 x 0 não apagou o sentimento de aberração que foi a realizaçao desse jogo. Um dia da história do Corinthians, e do esporte, para se esquecer.
A CBF, aproveitando que o Corinthians já estava no Rio de Janeiro, também marcou o jogo contra o Retrô, válido pela 2ª
fase da Copa do Brasil e mando do Corinthians (o Timão já tinha eliminado o Salgueiro de Pernambuco na 1ª fase, após vitória por 3 x 0), para Saquarema, também no Rio.
O jogo terminou empatado em 1 x 1 e o Corinthians ganhou nos pênaltis por 5 x 3.
Voltando para o Paulista, o time fez uma primeira fase para o gasto, com 7 vitórias, 4 empates e 1 derrota.
Nas quartas de final, goleada sobre a Inter de Limeira por 4 x 1, na Arena.
Na semifinal, derrota para o Palmeiras por 2 x 0, que custou o emprego de Mancini no comando da equipe.
Para o seu lugar, o Corinthians contratou Sylvinho, aquele mesmo Sylvinho da base, multi-campeão pelo Corinthians no final da década de 90.
Mas a troca de comando não foi suficiente para evitar mais uma eliminação na Copa do Brasil por uma equipe menor, dessa vez para o Atlético Goianiense, na 3ª fase. Com derrota por 2 x 0 em casa e empate em 0 x 0 fora, o
Corinthians se despediu da competição antes do que a torcida imaginava.
Sul-Americana
Disputando a Copa Sul-Americana em paralelo com a Copa do Brasil e Paulista, o desempenho do Corinthians na competição foi uma decepção só.
A competição teve uma nova forma de disputa, com os times divididos em grupos de 4, classificando-se para as oitavas de final apenas o primeiro colocado.
Ainda com Vagner Mancini no comando nas quatro primeira partidas, o início foi desanimador e determinante para a eliminação logo na primeira fase: empate fora contra o River-PAR por 0 x 0;
derrota em casa para o Peñarol por 2 x 0; vitória fora contra o Sport Huancayo-PER por 3 x 0 e derrota fora para o Penãrol por 4 x 0.
Nem as vitórias em casa contra o Sport Huancayo (3 x 0) e River (4 x 0), com o técnico interino Fernando Lázaro antes da chegada de Sylvinho, foram suficientes para classificar o time,
que atingiu 10 pontos, três atrás do Penãrol.
Brasileirão e a volta do público
Eliminado de todas as competições mata-mata, o Corintihans só teve o Campeonato Brasileiro com o que se preocupar.
E bota se preocupar nisso. Com as dívidas do clube atingindo patamares astronômicos, o Corinthians não contratou ninguém no início de ano e se virava com o que tinha.
O que se dizia era que o time ia brigar para não cair.
Após meses revendo contratos, dispensando jogadores não utilizados e reduzindo bem a folha salarial do time, o Corinthians finalmente deu uma grande alegria para o torcedor, com vários bons reforços contratados
em um intervalo de um mês. Chegaram ao clube os meias Giuliano e Renato Augusto (que retornou ao clube depois de 6 anos) e os atacantes Roger Guedes e Willian, cria do terrão que fez sucesso na Terra da Rainha.
Com esses novos nomes em campo, o time atingiu um novo patamar, assim como as cobranças com Sylvinho.
O time ganhou um outro grande reforço no começo de outubro: a volta do torcedor ao estádio. Contra o Bahia, dia 5 de outubro, na Arena, o Corinthians se reencontrou com a torcida depois de 587 dias. Com 30% de público
liberado, o Corinthas venceu por 3 x 1. Mais do que a volta do torcedor, era a volta dos tempos bons e da esperança de dias melhores para todos.
Seguindo o cronograma, a partir do dia 16 de outubro a liberação foi de 50%, passando para 100% a partir de 1 de novembro.
E justamente no dia 1, contra a Chapecoense, na Arena, o Corinthians jogou pela primeira vez com 100% da torcida de volta.
E que dia! Como a Fiel estava com saudade do seu Corinthians! 39.897 torcedores marcaram presença na Arena no primeiro jogo do Timão com estádio cheio desde o início da pandemia.
Casa lotada, adversário na última posição do campeonato. Jogo fácil, né? Não quando se trata de Corinthians, que parou nas mãos do goleiro Keiller.
Jogo terminando... o juiz deu 6 minutos de acréscimos. E foi aí que o goleiro da Chape cometeu o seu único erro no jogo, claramente fazendo cera para esfriar a partida. O árbitro
percebeu a tática do goleiro e deu mais um minuto de acréscimo. Tempo se esgotando. Escanteio para o Corinthians. A bola foi resvalada no meio da área e caiu limpa para Roger Guedes dominar e marcar,
exatamente aos 52 minutos, o gol da vitória! O gol da volta da torcida, que não parou de apoiar um minuto sequer e foi ao delírio na Arena. Uma típica noite corinthiana!
Dali em diante, o Corinthians seguiu bem irregular no campeonato, seguindo um padrão: ganhou em casa (1 x 0 contra o Fortaleza; 3 x 2 no Cuiabá; 2 x 0 contra o Santos; 1 x 0 no Athletico e 1 x 1 no Grêmio)
e perdeu fora (3 x 0 para o Atlético; 1 x 0 para 0 Flamengo; 2 x 1 para Ceará e 1 x 0 para o Juventude).
O lado ruim: o Corinthians terminou a competição sem ter ganho um único jogo sequer fora de casa no returno.
O lado bom: após a volta da torcida, o aproveitamento do Corinthians em casa foi de míseros 39% com portões fechados para 92% com torcida, com 7 vitórias e 1 empate, contra o Grêmio.
Alías, nesse jogo contra o Grêmio o empate aconteceu aos 42 minutos do segundo tempo com um golaço de Renato Augusto, deixando o time gaúcho em situação bem delicada na briga contra o rebaixamento.
Na última rodada, o Grêmio fez a parte dele e dependia de vitórias de Fortaleza e Corinthians. O Fortaleza ganhou, o Corinthians perdeu para o Juventude e o Grêmio foi rebaixado pela terceira vez para série B da competição.
O sentimento da torcida: 2007 tá pago!
Com essa derrota na última rodada, o Corinthians terminou o Brasileirão na 5ª colocação, conquistando a vaga direta para a fase de grupos da Libertadores 2022.
2022
Campeonato Paulista
O ano começou do mesmo modo como terminou o anterior: a torcida pressionando a diretoria para a demissão de Sylvinho. Que não demorou para acontecer.
Após empate na estréia do Paulistão em casa contra a Ferroviária (0 x 0) e vitória contra o Santo André fora (1 x 0), o Corinthians entrou em campo para disputar o primeiro clássico da temporada, contra o Santos, na Arena.
Apesar do time da baixada estar em uma crise técnica grande (se livraria do rebaixamento apenas na última rodada), conseguiu uma virada contra o Corinthians que revoltou a torcida antes mesmo do apito final,
fazendo ecoar xingamentos contra Sylvinho que tornaram a sua situação insustentável, sendo demitido após o jogo.
A busca por um novo treinador começou logo no dia seguinte, com o foco fora do país, dado o grande número de técnicos estrangeiros com boas passagens pelos clubes brasileiros, como
Jorge Jesus no Flamento, Abel Ferreira no Palmeiras, entre outros.
Enquanto isso, Fernando Lázaro assumiu mais uma vez interinamente, conquistando 4 vitórias e 1 empate.
E no dia 23 de fevereiro, após algumas semanas que deixaram a torcida impaciente e ansiosa, o Corinthians anunciou a contratação do técnico portugês Vítor Pereira. Com boas passagens por Porto, onde foi bicampeão português, e China, Vítor já chegou com vários desafios pela frente.
Logo na estréia, derrota para o São Paulo no Morumbi, por 1 x 0. Na sequência, goleada de 5 x 0 sobre a Ponte em casa, derrota para o Palmeiras por 2 x 1 fora de casa e vitória sobre o Novorinzontino, fora de casa, encerrando
a fase de grupos na primeira colocação do seu grupo.
Na quartas de final, o Guarani, na Arena. O time começou bem e abriu o placar com Gil. Parecia que o time embalaria e construiria uma vitória tranquila. Mas não foi isso o que aconteceu. O time campineiro empatou no segundo tempo
dando números finais a partida: 1 x 1. Na disputa por pênaltis, ótimas cobranças iam aumentando o placar de lado a lado, até que na sétima cobrança do Guarani, Cássio defendeu com o pés e colocou o
Corinthians na semifinal mais uma vez, onde enfrentaria o São Paulo.
Como o time do Morumbi passou das quartas com vitória, ultrapassou o Corinthians na classificação geral e decidiria o jogo no seu estádio, também em jogo único.
Em um jogo fisicamente e técnicamente bem abaixo do Corinthians, o São Paulo não teve dificuldades em vencer a partida por 2 x 1, classificando-se para a final, contra o Palmeiras (que seria o Campeão).
Libertadores da América
A campanha do Corinthians na Libertadores de 2022 foi bastante irregular. Apesar do ter chegado nas quartas de final, o time obteve somente duas vitórias.
Na Fase de Grupos, formado por Corinthians, Boca Junior (ARG), Deportivo Cali (COL) e Always Ready (BOL), a estreía ocorreu contra o desconhecido Always Ready, fora de casa. A derrota por 2 x 0 já colocou
o Corinthians em alerta máximo logo na primeira rodada da competição.
Os dois jogos seguintes, em casa, serviram para colocar o Corinthians de volta na briga pela classificao: vitórias por 1 x 0 e 2 x 0 contra Deportivo Cali e Boca Juniors, respectivamente. Esse jogo contra o tradicional
clube argentino foi o melhor jogo do Corinthians na competição.
No returno do grupo, três empates: 0 x 0 contra o Cali e 1 x 1 contra Boca e Always Ready, deixando o Timão em segundo lugar do grupo, 1 ponto atrás do Boca e 1 ponto na frente do Cali.
O sorteio das oitavas colocou o Boca novamente no caminho do Corinthians, com o jogo decisivo a ser jogado em La Bombonera.
Com dois fracos 0 x 0, a decisão da vaga foi para os pênaltis. O Corinthians se deu melhor e venceu por 6 x 5, com Gil, um jogador negro, cobrando o pênalti decisivo e calando o estádio repleto de racistas.
Foi o primeiro time brasileiro a eliminar o Boca em La Bombonera depois de Santos de Pelé.
O adversário das quartas foi o Flamengo, recheado de craques. Com duas derrotas (2 x 0 na Arena e 1 x 0 no Maracanã) o Corinthians não fez frente ao time carioca, que terminaria campeão da competição.
Copa do Brasil
Se a campanha da Libertadores não empolgou o torcedor, o mesmo não se pode dizer da Copa do Brasil.
A caminhada começou na 3ª Fase, contra a Portuguesa, do Rio. Empate fora por 1 x 1 e vitória em casa por 2 x 0 garantiu o time nas oitavas de Final.
O Santos foi o adversário das oitavas e o primeiro jogo não poderia ter sido melhor: 4 x 0 para o Corinthians, na Arena. O jogo de volta foi só pra cumprir tabela: 1 x 0 para o time da baixada.
Nas quartas de final, o momento de maior tensão e perigo: derrota por 2 x 0 para o Atlético Goianiense, no primeiro jogo, deixou a classificação bem ameaçada.
Mas o Corinthians jogando na sua Arena é outra coisa... com show do atacante Yuri Alberto (que começou a desencantar nesse jogo) o Corinthians gloeou por 4 x 1 e se classificou para a semifinal!
O adversário foi o Fluminense, do técnico Fernando Diniz. Grande parte da crônica esportiva apontava o clube carioca o favorito do confronto, visto que era um dos times que apresentava o futebol mais bonito no Brasil na ocasião.
No pimeiro jogo, no Maracanã, o Corinthians conseguiu um empate no finalziho do jogo e garantiu o 2 x 2 no placar. Era contar mais uma vez com a força da torcida.
15 de setembro. Jogo de volta. No melhor jogo do Coringão na competição, o Corinthians venceu o Fluminense por 3 x 0 com autoridade e se classificou mais uma vez para a final da Copa do Brasil.
A adversário da final era um velho conhecido do Corinthians no ano... o Flamengo, que já havia eliminado o Corinthians na Libertadores.
O primeiro jogo da decisão, disputado em Itaquera, empate sem gols. Placar com sabor amargo para o Corinthians, que teria que fazer o resultado no Maracanã...
E o jogo já começou difíci, com o time carioca abrindo o placar logo no início do jogo, com Pedro. E o primeiro tempo passou sem maiores emoções.
Foi ai que veio o segundo tempo. E que segundo tempo. O Corinthians simplesmente amassou o Flamengo e dominou as ações do jogo. Mas faltava o gol... que veio sofrido, aos 37 minutos do segundo tempo, com Giuliano.
Empate que levou o jogo para os pênaltis. E dessa vez os deuses do futebol não estavam do nosso lado.
O time até começou bem, mas Fagner desperdiçou a chance de deixar o time por uma cobranca do título. Nas alternadas,
Mateus Vital errou a sua cobrança e o Corinthians deu adeus ao sonho do Tetra da Copa do Brasil. Foi por pouco, muito pouco. A frustração de Vítor Pereira e seus comandados ficou evidente da sequência do Campeonato Brasileiro.
Campeonato Brasileiro
Paralelo a Libertadores e a Copa do Brasil, o Corinthians disputou o Brasileirão, onde fez uma campanha consistente e terminou a competição na 4ª colocaçao, a melhor desde 2014, garantindo vaga na Fase de Grupos da Libertadores de 2023.
No primeiro turno, terminou atrás apenas do Palmeiras.
O time obteve a terceira melhor campanha em casa, com 40 pontos (12 vitórias, 4 empates e 3 derrotas (2 delas após a decisão da Copa do Brasil, onde o time ainda estava impactado pela perda do título).
No Prêmio Bola de Ouro, três premiados: Cássio (melhor goleiro), Roger Guedes (gol mais bonito) e Du Queiroz (Revelação). Cássio também ganhou o prêmio de melhor goleiro do Troféu Mesa Redonda.
Mas o final de ano do Corinthians teve um assunto de maior relevância: a permanência ou não de Vítor Pereira no comando do clube para 2023.
Desde o início do contrato o português já havia dito que só conversaria sobre a renovação no final do ano. Mas durante esse período, um agravante veio tomando corpo: a família.
A sogra de VP tinha uma doença e a esposa de VP queria ficar perto da mãe. E queria o marido perto dela.
O português falava abertamente: por ele, ficava. Pela família, ia embora.
E o lado familiar falou mais alto. No dia 13 de novembro, após o último jogo da competição, o presidente Duílio anunciou a saída de VP e comissão técnica do Corinthians, para tristeza de grande parte da torcida.
Vitor Pereira, em publicação nas redes sociais disse que o único motivo era o lado familiar e que não ia pra canto nenhum. Ia casa resolver esse problema...
E demorou apenas uma semana para o Corinthans anunciar Fernando Lázaro, filho do lendário Zé Maria e que atuava como analista de desempenho, como o novo treinador do time.
Apesar de Fernando já ter treinado o time interinamente em alguns jogos, foi uma escolha arriscada e que deixou a maior parte da torcida insatisfeita.
Para piorar o sentimendo do torcedor, no dia 25 de novembro veio a bomba: Vitor Pereira, aquele da sogra doente e tal, estava em negociação avançada com o Flamengo para 2023. Negociação que foi confirmada no dia
13 de dezembro. E foi assim VP se transformou em um dos maiores traidores da história do clube, não por ter saído, mas por ter dado as desculpas que deu e menos de duas semanas depois negociar com
outro clube. No dia seguinte, em entrevista coletiva, o presidente Duílio disse que "VP mentiu, que ele (Duílio) foi enganado e que a gente não comanda o caráter de ninguém".
Mas VP agora é assunto passado e só nos resta torcer para que Fernando faça um bom trabalho em 2023.
Seu primeiro reforço, anunciado em dezembro de 2022, foi a volta do Paraguaio Ángel Romero.
Vai, Corinthians!
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