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O Corinthians é recordista em ceder técnicos para a Seleção Brasileira: em quatro oportunidades (cinco, se formos considerar o futebol feminino), o Timão perdeu o treinador para a CBF.
Luxemburgo (1998)
Em 1998, Luxemburgo entrou nas graças da torcida corinthiana, ao comandar um dos melhores times da história do Corinthians. O clube, que tinha
Gamarra, Rincón, Vampeta, Marcelinho, Ricardinho e Edílson, conquistou o seu segundo título brasileiro. O bom futebol apresentado pelo
Timão chamou a atenção da CBF, que, em agosto, convidou Luxemburgo para o cargo de treinador, ainda antes do título corinthiano. Luxa aceitou, mas
seguiria também no comando do Corinthians até o final do ano. Com a confirmação do título brasileiro, o técnico saiu por cima e com moral para
assumir a Seleção.
Pelo Brasil, conquistou a Copa América de 1999 e o Pré-Olímpico de 2000. Após a eliminação nas Olímpiadas de 2000 por Camarões nas quartas de final
(quando o Brasil tinha dois jogadores a mais em campo) a sua situação ficou insustentável, culminando com a demissão do cargo.
Parreira (2003)
Em 2002, Parreira chegou ao Corinthians e montou um belo time, baseado no toque de bola. Como consequência, dois títulos em uma semana:
o Torneio Rio-São Paulo e a Copa do Brasil. No segundo semestre, o vice-campeonato brasileiro. Com esse trabalho de sucesso, não teve jeito:
a CBF chamou e Parreira retornou para a Seleção (lembrando que ele era o técnico do Tetra, em 1994).
Pela Seleção, conquistou a Copa América de 2004 e a Copa das Confederações de 2005. Caiu após a eliminação do Brasil nas quartas de final
de Copa do Mundo de 2006.
Mano Menezes (2010)
Mano chegou ao Timão em dezembro de 2007 com a função de trazer o time de volta à primeira divisão. E logo já mostrou um bom trabalho,
conquistando a série B atropelando todo mundo. No ano seguinte, os bons resultados continuaram com dois títulos: Paulista e Copa do Brasil.
Em 2010, após a eliminação precoce do Brasil na Copa do Mundo, a CBF demitiu Dunga e chamou Mano para o cargo. Apesar do clamor da torcida corinthana,
que não queria perder o seu comandante, o técnico aceitou o desafio.
Pela Seleção, conquistou o Superclássico das Américas em 2011 e 2012. Aliás, a sua demissão, polêmica, ocorreu dois dias após a conquista
do superclássico, em 2012.
Tite (2016)
Marcado na história do Corinthians como o maior técnico de sua história, Tite comandou o time na conquista de alguns dos títulos mais importantes da história do clube.
Ainda em 2013, quando saiu do Corinthians, já era bem cotado para assumir a Seleção. Tirou um ano sabático, em 2014, e foi estudar na Europa.
Após o fiasco da Seleção na Copa do Mundo no Brasil, todos achavam que a CBF iria chamar Tite. Mas não. Dunga novamente foi chamado.
Tite, magoado, voltou ao Corinthians.
Com a conquista do Hexacampeonato Brasileiro, no mesmo ano, seu status de melhor técnico do país aumentou.
Pelos lados da Seleção, mais um vexame: a eliminação na primeira fase na Copa América do Centenário, em 2016. E aí aconteceu o que todos queriam (menos
a torcida do Corinthians): Dunga é demitido e Tite assume, com a responsabilidade de levar o Brasil de volta ao caminho das conquistas
e para a Copa do Mundo (o Brasil ocupava o 6º lugar nas Eliminatórias na época).
Pela seleção, fez um trabalho com números impressionanates: 81 jogos, com 60 vitórias, 15 empates e apenas 6 derrotas. O problema foi o
desempenho no que realmente importa: a Copa do Mundo. Após a eliminação em 2018 para a Bélgica, nas quartas de final, foi mantido no cargo para mais um ciclo.
Venceu o Campeonato Superclássico de 2018 e a Copa América de 2019. Em feverreiro de 2022 anunciou que não ficaria no cargo após a disputa da Copa do Mundo, no final do ano, quando deu adeus à seleção na eliminação frente a Croácia, nas quartas de final.
Arthur Elias (2023)
Saindo do futebol masculino, não poderíamos deixar de citar Arthur Elias, que fez história no futebol feminino do Corinthians.
Chegou ao clube em 2016, quando o projeto de futebol feminino do Corinthians era dividido com o Audax.
Arthur transformou o time feminino do Corinhians na maior potência da América Latina. Entre 2016 e 2023, o Corinthians conquistou 16 títulos: 4 Libertadores, 5 Brasileiros, 1 Copa do Brasil, 2 Supercopas do Brasil, 3 Paulistas e 2 Copa Paulista.
Os números do 'Rei Arthur" no comando do Corinthians são impressionantes: 336 jogos, com 267 vitórias, 44 empates e apenas 25 derrotas, totalizando um aproveitamento de 83,83%. Foram 1.037 gols marcados e 197 sofridos.
Tamanho sucesso não poderia passar despercebido. Com o fiasco da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2023, a sueca Pia Sundhage foi demitida e Arthur foi convidado a ser o novo técnico da Seleção Feminina, o que foi aceito rapidamente.
E a competência de Arthur não demorou a aparecer: nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Arthur levou a Seleção Brasileira até a medalha de Prata, perdendo a final (mais uma vez) para as norte-americanas, por 1 x 0.
O seu trabalho no Corinthians foi a base para o projeto olímpico, com seis jogadoras do Timão convocadas: as laterais Tamires e Yasmin; as meias Duda Sampaio e Vitória Yaya; e as atacantes Gabi Portilho e Jheniffer.
Além disso, outras sete jogadoras também tiveram passagem pelo Timão: Adriana, Ana Vitória, Antônia, Gabi Nunes, Kerolin, Tainá e Tarciane.
A comissão técnica do Corinthians também se fez presente em Paris: Ronaldo Kobal (fisiologista), Tiemi Saito (nutricionista), Lygia Neder (médica) e Bruno Faust (analista de desempenho).
O projeto feminino de futebol do Corinthians também teve a colombiana Daniela Arias convocada para a Seleção Colombiana para Paris 2024.
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Allan Rios
30.06.2023 - 13:11
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Os mais representativos para a Seleção Brasileira foi 1º Parrera, 2º Tite, 3º Mano Menezes e 4º Luxemburgo.
No Corinthians o Tite, Mano Menezes, Parreira e Luxemburgo.
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Olice Amorim
15.04.2021 - 16:25
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Treinar o Corinthians se tornou visibilidade para seleção Brasileira
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