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Tite tem lugar cativo na galeria dos grandes técnicos do Timão.
Sua treinabilidade levou o Corinthians aos títulos brasileiros de 2011 e 2016, à inédita conquista da América em 2012 e ao Bi Mundial, no mesmo ano.
Sua primeira passagem no Corinthians ocorreu em 2004, vindo do São Caetano. O Corinthians tinha um time quase medíocre e rondava a zona de rebaixamento.
Tite fez um bom trabalho e levou o time ao quinto lugar na tabela. Em 2005, teve desentendimentos com Kia e pediu demissão durante o Paulistão.
No final de 2010, foi convidado pela diretoria do Timão para ocupar novamente o cargo. O técnico iria disputar o Mundial de Clubes, pelo Al-Wahda.
Mas não pensou duas vezes em aceitar o convite corintiano.
No começo do ano seguinte, o seu pior momento: a eliminação na pré-Libertadores para o Tolima.
Naquele momento, não tinha um torcedor do Corinthians que não quisesse o técnico fora do Timão.
Mas a diretoria segurou a pressão da torcida e bancou Tite no comando do time. O técnico juntou os cacos e começou um dos melhores trabalhos da história recente do futebol.
Impôs um ritmo de jogo baseado na forte marcação, onde todos marcam. E logo deu resultado: foi vice-campeão paulista, perdendo a final para o Santos, mas mostrando que estava no caminho certo.
No Brasileirão, finalmente a glória: com um início arrasador e histórico, Tite comemorou o seu primeiro título brasileiro.
Mesmo com a bela campanha, não era unanimidade, sendo chamado de burro pelos torcedores em várias oportunidades.
Mas ele não se abateu. Com o mesmo estilo de jogo, Tite levou o Corinhians para a conquista do seu primeiro título da Libertadores.
Uma das imagens mais marcantes da campanha ocorreu no segundo jogo contra o Vasco. Tite foi expulso após reclamar com o árbitro e foi ver o jogo da arquibancada.
De lá, comemorou juntos com os torcedores o gol de Paulinho e a classificação para a semifinal.
Para coroar um trabalho perfeito, faltava o Mundial de Clubes. E Tite soubre preparar a equipe para a competição de forma brilhante.
Um dia antes da final, contra o Chelsea, ele disse: "Prometemos um grande jogo". E cumpriu. Armou bem a equipe, que jogou muito e conquistou o segundo título mundial do Timão!
No primeiro semestre de 2013, comandou a conquista do Paulistão, um dos títulos que lhe faltava, e da Recopa Sul-Americana, contra o São Paulo.
Agora pelo Timão: Paulista, Brasileiro, Libertadores, Recopa e Mundial.
Com essas cinco conquistas, se tornou o técnico mais vitorioso da história do Corinthians.
Porém, após fraca campanha no Campeonato Brasileiro, juntamente com a eliminação na Copa do Brasil, a diretoria decidiu por não renovar o contrato de Tite, que terminaria no fim do ano.
No dia 15 de novembro, em entrevista coletiva realizada no CT Joaquim Grava, o presidente Mário Gobbi e Tite anunciaram o fim de uma das parcerias de maior sucesso entre um cube e um técnico.
Com mais 4 jogos disputados até o fim do contrato, Tite chegou a 272 jogos. Simplesmente o segundo técnico que mais treinou o Timão.
Nos jogos finais, a Fiel fez questão de homenagear o treinador, não deixando dúvidas de que será eternamente lembrado pela torcida.
Mas não deu tempo nem de sentir saudade...
No final de 2014, após passagem tumultuada de Mano, o Corinthians anuncia a volta de Tite.
Neste período que ficou fora do Corinthians, o técnico gaúcho não treinou nenhuma equipe. Apenas
estudou e se reciclou, fazendo visitas a clubes como Real Madrid e Boca Juniors. Sua expectativa era ser convidado a treinar a Seleção Brasileira, mas o convite não veio.
Sua apresentação oficial ocorreu no dia 16 de dezembro de 2014, dois anos depois da conquista do Mundial, contra o Chelsea.
E seu trabalho começou bom. Ajustou o time, que começou a jogar um futebol vistoso e bonito. Era o favorito a ganhar todos os campeonatos
que disputava. Mas o futebol é cruel. Eliminado do Paulista e da Libertadores, esta última de forma precoce pelo desconhecido Guarani do Paraguai,
Tite mais uma vez teve seu trabalho questionado, assim como na passagem anterior.
O futebol é cruel. Mas é engraçado também. Sim, o raio caiu duas vezes no mesmo lugar, quatro anos depois.
Tite pegou os cacos da eliminação humilhante na Libertadores, lidou com perdas importantes no elenco, como Guerrero, Sheik e Fábio Santos,
e montou um time altamente competitivo, com uma zaga sólida e um meio de campo voando.
De "candidato ao rebaixamento" à "melhor equipe da história dos pontos corridos", o Corinthians bateu todos os recordes e conquistou
de forma categórica e indiscutível o seu Hexacampeonato Brasileiro. Podemos dizer que Tite era o grande ídolo daquela campanha, um fato raro
da história do futebol. Obviamente, foi premiado como o melhor técnico do campeonato.
E isso tendo que conviver com lesões e mais perdas. Fagner, Wendel, Luciano, todos se lesionaram. Mas quem assumiu a posição deu conta do recado e
manteve o nível de atuação da equipe.
Tanto que no primeiro semestre de 2016, a equipe conseguiu manter um nível competitivo, fazendo boas campanhas no Campeonato Paulista e
na Libertadores. Porém, quando chegou na fase de mata-mata, o time mais uma vez não fez um bom papel, sendo eliminado em ambas as competições.
Mas a maior perda ocorreu no dia 15 de junho. Com o péssimo desempenho da Seleção Brasileira na Copa América do Centenário, sendo eliminada
na primeira fase, Dunga foi demitido pela CBF. E Tite, unanimidade nacional, foi convidado para assumir o cargo.
Apesar da tristeza pela perda do maior técnico da sua história, a torcida entendeu que Tite merecia a Seleção Brasileira, que também precisa dele, apesar da
CBF não o merecê-lo.
Foi a quarta vez que o Corinthians cede o técnico para a Seleção Brasileira.
Ver "Curiosidades - Técnicos - do Corinthians para a Seleção".
Foi uma pena não ter cumprido o seu contrato até o fim, que iria até dezembro de 2017. Se tivesse, teria ultrapassado Oswaldo Brandão como o técnico que mais vezes esteve a frente do Timão.
Mas seu lugar de destaque já está garantido: com seis títulos, é o técnico mais vencedor da história do Corinthians!
Obrigado Tite! Obrigado! Muito obrigado! E boa sorte nesse grande desafio!
Tite. O maior da história.
FICHA TÉCNICA
Nome: Adenor Leonardo Bacchi
Nascimento: 25/05/1961 - Caxias do Sul (SP)
Período em que treinou o Corinthians: 2004 e 2005; de 2010 à 2013; de 2015 à junho de 2016
Jogos: 378 (196 vitórias)
Títulos: 1 Campeonato Paulista (2013),
2 Campeonatos Brasileiros (2011
e 2015),
1 Libertadores da América (2012),
1 Recopa Sul-Americana (2013) e
1 Mundial de Clubes (2012)
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Allan Rios
24.01.2024 - 14:57
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Maior técnico da história inteira do Corinthians.
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