Corinthians - História
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1955 à 1976 - O jejum e a Invasão


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1955

Após a espetacular conquista do título de 1954, a torcida não poderia imaginar que o clube entraria na pior fase de sua história. Mas apesar disso, o Corinthians teve um retrospecto considerado bom no primeiro dos 22 anos de jejum.

Mais pelo que fez no final de 1955, já que no início dele, o Corinthians ficou na última colocação do Rio-São Paulo, que havia ganhado nos dois anos anteriores.

A fraca campanha no torneio, nove jogos, uma vitória e cinco derrotas, não teve explicação lógica e deixou os torcedores preocupados.

Porém, um torneio amistoso realizado após o Rio-São Paulo acabou trazendo a paz de volta ao alvinegro. O Torneio Internacional Charles Miller, que contava com a presença de Palmeiras, Flamengo, América do Rio, Peñarol e Benfica, foi conquistada com muito brio.


A conquista da Taça Charles Miller não foi a única de 1955. As Organizações Victor Costa (futura Rede Globo) e o jornal Última Hora promoveram um concurso para escolher o time "Mais Querido do Brasil", através do voto popular. Não preciso nem dizer quem ganhou esse troféu, né? Com 737.850 votos, o Timão ficou a frente do Flamengo (538.150 votos), São Paulo (208.650 votos) e Palmeiras (61.500 votos) e levou mais esse belo troféu para casa, recebido das mãos do governador de São Paulo, Jânio Quadros, em uma grande festa no Parque São Jorge.


Troféu "O Mais Querido do Brasil"
(Foto: Arquivo Victor Hugo)


1956

No ano seguinte, três lembranças positivas: o atacante Paulo, artilheiro do Torneio de Classificação do Paulistão, com 19 gols, o título da Copa do Atlântico, e a primeira conquista da Taça dos Invictos, um troféu oferecido pelo jornal “A Gazeta Esportiva” ao time que ficasse mais tempo invicto no Paulistão.


1957

O ano de 1957 acaba dando apenas uma felicidade para o Timão, que bateu a sua própria marca do ano anterior e conquistou a posse definitiva da Taça dos Invictos.

Ver "Curiosidades - Maiores Invencibilidades".


1958

Com a saída dos principais atacantes do time, Carbone, Cláudio e Baltazar, a equipe viu-se obrigada a passar por uma reformulação. Porém, sem dinheiro em caixa e com poucas revelações vinda dos juniores, o Corinthians acabou se enfraquecendo.

Os três goleadores encerraram a carreira e deram lugar para jovens como Índio, Zague e Roberto Bataglia.

Com exceção de Zague, que foi artilheiro do time em 1958 e 1959, os outros atacantes não conseguiam marcar os gols que os antigos ídolos faziam. Assim, o Corinthians, em 1958, ficou em terceiro, tanto no paulista, quanto no Rio-São Paulo.

Apesar de ter feito 93 gols no Campeonato Paulista, o Timão não impressionou. Afinal, a grande sensação do torneio era o Santos, de Pelé, que marcou 123 gols.

De título mesmo em 58, apenas o Torneio de Brasília.


1959

Em 1959, Vicente Matheus assume a presidência pela primeira vez e começa fazendo mudanças. A primeira delas é colocar o técnico Sílvio Pirillo no comando da equipe. Em campo, porém, o alvinegro continua na mesma. Com um elenco limitado, termina o Rio-São Paulo em penúltimo.

Antes da disputa do Campeonato Paulista, o Corinthians fez uma excursão na Europa, onde obteve belíssimos resultados: venceu o Bayern de Munique por 3 x 2; venceu o Porto por 1 x 0 e empatou com o Benfica em 1 x 1. Na Espanha, venceu a Seleção da La Coruña por 3 x 0, o Sevilla por 4 x 3 e o Barcelona por 5 x 3.

No total, foram 10 jogos, com 7 vitórias, 1 empate e apenas 2 derrotas.

Considerando os jogos internacionais entre 1951 e 1959, o Corinthians obteve 47 vitórias, 10 empates e apenas 7 derrotas, jogando no Brasil e em outros quinze países. Entre 1952 e 1954, permaneceu invicto por 32 jogos, recorde que perdura até hoje (2022).

Mas voltando ao Brasil, a campanha no Paulistão não foi das melhores e o time ficou apenas com o quinto lugar.

Os maus resultados da competição estadual acabaram trazendo conflitos para o Parque São Jorge. O técnico Sílvio Pirillo se desentendeu com Luizinho e o atacante decidiu sair do clube, indo para o Juventus.

Logo depois, o treinador perdeu o cargo. Em seu lugar entrou Alfredo Ramos, e em seguida Jim Lopes. Todos, no entanto, passaram e não deixaram boas lembranças.


1960 e 1961

Em 1960, o Corinthians fez uma campanha modesta no Rio-São Paulo. Terminou na terceira colocação. A mesma do Campeonato Paulista, onde ficou atrás de Santos e Portuguesa.

No começo de 1961, o Corinthians fez um amistoso contra o Flamengo, no Parque São Jorge, para inaugurar o sistema de iluminação de seu estádio. A goleada dada por 7 a 2 impressionou e deu ânimo para que a equipe buscar o título que não conquistava havia sete anos.

Mas, passada a festa contra os cariocas, o alvinegro voltou à estaca zero.

Os reforços que chegaram do Flamengo, Espanhol, Manoelzinho, Ferreira e Beirute, não convenceram e ainda fizeram com que o Corinthians virasse motivo de risos. “Faz-me rir”, nome de uma canção de sucesso cantada por Edith Veiga, virou o apelido do time.

O folclórico Vicente Matheus, que assumiu a presidência do clube em 1959, começou fazendo de tudo para tentar tirar o Corinthians do jejum de títulos. Em uma tentativa desesperada, comprou o passe do atacante Almir Pernambuquinho, do Vasco, por cerca de 7 milhões de cruzeiros, uma fortuna na época.

Muitos dizem que o cartola tirou o dinheiro do próprio bolso para trazer o jogador. Conhecido por sua fama de indisciplinado, o craque causou ciúmes no elenco, devido ao seu alto salário.

Almir acabou não jogando bem e foi vendido no ano seguinte para o Boca Juniors, da Argentina. Justamente em sua estréia por lá, fez dois gols em cima do Corinthians, na goleada de 5 a 0 no estádio La Bombonera, em Buenos Aires.

Matheus, que veio da Espanha em 1914 aos 6 anos, voltou a presidir o clube mais sete vezes: 1972, 1973, 1975, 1977, 1979, 1987 e 1989.

Nesse período, conquistou dois dos mais importantes títulos do Timão: o Paulistão de 1977 e o inédito Brasileiro em 1990. Casado com Marlene Matheus, que também presidiu o clube, de 1991 à 1993, Vicente ficou marcado por suas frases, umas verdadeiras, outras, pura lenda:

_”O Sócrates é invendável e imprestável.”

_”Quem sai na chuva é para se queimar”.

O ex-presidente morreu em 1997, de câncer, aos 88 anos.

Com os constantes fracassos, os torcedores adversários cantavam o “Faz-me rir’ a cada jogo do Corinthians.

Para piorar ainda mais a situação, o time perdeu por 7 a 0 para a Portuguesa e terminou o Campeonato Paulista de 1961 na Sexta colocação.

Cansado das gozações e da má administração, o goleiro Gilmar dos Santos Neves decide sair do Corinthians. O presidente Wadih Helu, eleito no início do ano, não conseguiu segurá-lo, já que o Santos ofereceu 10 milhões de cruzeiros, uma fortuna para a época.


1962

No ano seguinte, em 1962, o Corinthians começou mal e quase acabou numa boa. Após perder por 3 a 0 para o Palmeiras e ser eliminado do Rio-São Paulo, o Timão se reforçou com os atacantes Nei e Silva e conseguiu se sair bem no Paulistão.

Com 18 vitórias em 30 jogos, alvinegro ficou em segundo lugar, atrás apenas do tricampeão Santos.

Silva, com 29 gols, e Nei, com 17, deram um pouco de esperança para a torcida. Ainda nesse campeonato, uma partida decisiva contra o peixe, no Parque São Jorge, bateu o recorde de público no estádio (27.384 pagantes). O Santos venceu por 2 a 1.

De conquista mesmo, só a Taça São Paulo, uma espécie de Copa do Brasil do Estado de São Paulo.


1963

Em 1963, o Corinthians seguia em boa fase, mas ainda bem abaixo do Santos. No Rio-São Paulo, o Timão venceu todos os jogos contra os cariocas, mas perdeu três clássicos, contra o Santos, São Paulo e Palmeiras, e viu o peixe ser campeão.

Quando o time parecia dar sinais de melhora, veio o Campeonato Paulista, e uma série de fracassos. Os maus resultados fizeram com que a diretoria trocasse três vezes o técnico durante a competição. O primeiro, Fleitas Solich, caiu e deu lugar a Rato, que chegava para treinar o Timão pela 11ª vez. Um recorde.

Com um time muito jovem, Rato não conseguiu ser melhor e também acabou sendo demitido. Silva brigou com o diretor de futebol, Elmo Franchini, e foi afastado do time.

O último técnico, Del Debbio, não teve como evitar o fracasso. Resultado: o Corinthians fez sua pior campanha em Campeonatos Paulistas, terminando na 11ª colocação. Em 30 jogos, o alvinegro perdeu 11 e ganhou somente 10.


1964

Em 1964, com o retorno de Silva e de Luizinho, e a chegada de Flávio, o Timão volta a ter uma equipe competitiva.

Disputando o Paulistão palmo a palmo com o Santos, o clube fez a sua torcida vibrar naquele ano, que já era o décimo de fila.

O atacante Flávio, um dos melhores artilheiros da história do futebol brasileiro, acabou na segunda colocação entre os goleadores com 22 gols, atrás somente de Pelé.

E disputa entre os dois alvinegros era tão intensa que em uma partida na Vila Belmiro, os torcedores acabaram superlotando o estádio e causando um tumulto. No dia 20 de setembro, cerca de cem pessoas ficam feridas no estádio, obrigando o juiz Armando Marques a suspender a partida, que marcou o recorde de público do estádio. O jogo foi recomeçado no dia 30, só que dessa vez no Pacaembu, e terminou empatado em 1 a 1.

Para desespero dos corintianos, nas últimas rodadas o time caiu de produção. O técnico Osvaldo Brandão assume de novo. Porém, em sua reestréia como técnico, a equipe perdeu a chance de ser campeã, ao ser goleada pelo Santos, na Vila Belmiro, por 7 a 4.


1965

Depois de brilhar nas categorias de base do clube, o meia Rivelino ganhou a chance de ser titular com Brandão. Em sua estréia, no início de 1965, o time ganha do Santa Cruz por 3 a 1, e Riva marca o seu primeiro gol como profissional. O Corinthians também venceu o Náutico, o Sport e o São Paulo e faturou o Pentagonal do Recife, torneio amistoso disputado na capital pernambucana.

Para fortalecer o time, o presidente Wadih Helu contratou o meia Dino Sani e o goleiro Marcial. Com esses reforços, o Timão fica em terceiro no Paulista, e Flávio termina como vice-artilheiro do campeonato, com 30 gols. Rivelino logo ganhou o apelido de “Garoto do Parque”.

Ainda no ano de 1965, o Corinthians foi convidado pela CBD, Confederação Brasileira de Desportos, para representar a Seleção Brasileira em um amistoso na Inglaterra. Formado por Marcial, Galhardo (Jair Marinho), Eduardo, Clóvis e Edson; Dino Sani e Rivelino; Marcos, Flávio, Nei e Geraldo (Gilson Porto), o Timão perdeu por 2 x 0 para o Arsenal no dia 16 de novembro, jogando a uma temperatura de -3º. Mesmo com a derrota, o Timão voltou orgulhoso com a homenagem, sendo o primeiro clube a representar a Seleção fora do país.


O Timão virou Brasil.
Em pé: Oswaldo Brandão (técnico), Marcial, Clóvis, Maciel, Galhardo, Édson, Dino SAni, Edurado e Heitor.
Agachados: Jair Marinho, Nei, Rivellino, Marcos, Flávio, Geraldo, José e Gilson Porto.

Ver "Jogos históricos - Corinthians 0 x 2 Arsenal - O Timão foi Brasil (1965)".


1966

Para tentar pôr fim ao jejum que já durava 12 anos (mal sabia o povo que ainda estava na metade do sofrimento), o Corinthians, na figura de seu presidente Wadih Helu, destinou uma verba recorde para o departamento de futebol, com o intuito de montar um belo time e acabar com o jejum.

E começou o ano de 1966 fazendo uma contratação bombástica: o bicampeão mundial Garrincha, ex-Botafogo.

Além de Garrincha, o clube tambéml contratou Nair e Ditão, vindos da Portuguesa. O "Timão" estava pronto para fazer a Fiel voltar a sorrir.

Mas a equipe não deu certo, tendo conquistado apenas o Torneio Rio-São Paulo de 66, ainda assim dividido com Santos, Vasco e Botafogo.

Garrincha, com 33 anos, e muito mal fisicamente, não entusiasmou os torcedores por muito tempo e fez apenas 2 gols com a camisa do Corinthans.

Em sua estréia, no Torneio Rio-São Paulo, Garrincha não jogou nada e ainda teve que assistir ao Corinthians perder para o Vasco, por 3 a 0, no Pacaembu, no dia 2 de março.

No final daquele mês, devido à Copa do Mundo, a CBD resolveu encerrar o Rio-São Paulo. Com isso, quatro clubes que estavam empatados na primeira colocação com 11 pontos foram declarados campeões. O Corinthians, que pelo critério de desempate, era o quarto colocado, atrás de Botafogo, Santos e Vasco, nem comemorou aquele que seria o título que poderia dar um fim ao jejum (ver "Títulos - Torneio Rio-São Paulo de 1966").

Do Timão, só sobrou o apelido, que até hoje é entoado pela torcida nos jogos do Coringão.

Ver "Curiosidades - "Timão" e o "Campeão dos Campeões"".

Antes do Campeonato Paulista, mais um título internacional: a Copa Cidade de Turim.

No Paulistão, já sob o comando do técnico Zezé Moreira, Garrincha faz os seus últimos jogos pelo alvinegro. Mané disputou mais quatro jogos. O último deles no dia 23 de novembro na vitória de 1 a 0 em cima da Prudentina. No total, o atacante fez 13 jogos e marcou dois gols em um ano de Corinthians.

Quase: no dia 15 de dezembro, o Timão quase quebrou o tabu de nove anos sem vencer o Santos. A partida estava 1 a 1, quando Nair, do Corinthians, perdeu um pênalti a dois minutos do final.


1967

Em 1967, o Corinthians contrata o técnico Lula, que dirigia o Santos havia 14 anos. No Paulistão, o time fica em terceiro lugar e o atacante Flávio, com 21 gols, terminou como principal artilheiro.

No primeiro Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão), precursor do Campeonato Brasileiro, o Corinthians faz uma boa campanha e termina na terceira colocação.


1968

No Campeonato Paulista de 1968, o Timão entrou com todo o gás para finalmente acabar com o jejum de 13 anos sem títulos.

No dia 6 de março, o Pacaembu foi palco de uma das partidas mais emocionantes da história do clube.

Até aquela data, o Corinthians já estava 11 anos (22 partidas) sem ganhar do Santos, em jogos válidos pelo Campeonato Paulista. Um tabu que vinha desde os 3 a 3 em 1957, quando o Timão conquistou a Taça dos Invictos e jogou pela primeira vez contra o Rei Pelé. Mas dessa vez não teve pra ninguém.

Contando com os novos reforços Paulo Borges, Bulão e Eduardo, além do técnico Lula, o Corinthians entrou em campo determinado e pronto para passar pelo difícil, até então imbatível, Santos de Pelé. No primeiro tempo, o jogo terminou empatado. O grande destaque foi o zagueiro Luis Carlos, que fez uma marcação implacável no Rei.

No segundo tempo, o Corinthians começa pressionando e Rivelino chuta uma bola na trave. Logo depois, aos 13 minutos, Paulo Borges faz 1 a 0, após uma tabela com Flávio. Melhor em campo, o Timão segue firme em busca do objetivo. Aos 31 minutos, Rivelino lança Flávio, que aproveita a chance e aumenta: 2 a 0. Depois disso, o time só esperou o juiz encerrar para poder comemorar. Fim do tabu. A torcida invadiu o campo e carregou os heróis como se eles tivessem conquistado um título.

Ver "Jogos históricos - Corinthians 2 x 0 Santos - O fim do tabu (1968)".

Dois meses depois dessa histórica vitória, o Corinthians teve que amargar o trauma de chegar e morrer na praia. O time outra vez realizou uma boa campanha, mas no final do Paulistão, perdeu o título para o Santos.


1969

No início do ano, a conquista da 1ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Disputada por apenas 4 equipes (Corinthians, Palmeiras, Nacional-SP e Juventus) a final foi contra o Nacional, terminando com a vitória do Timão por 1 x 0.

Pelos profissionais, o time se reforçou com Aldo, Miranda, Suingue e Ivair e começou a brilhar no Paulistão.

O time vinha bem no campeonato, mas uma tragédia extra-campo afetou o ânimo dos jogadores: 28 de abril. Após empate em 1 x 1 com o São Bento, em Sorocaba, um acidente na Marginal Tietê tira a vida dos jogadores Lidu e Eduardo.

Ver "Curiosidades - A morte de Lidu e Eduardo".

Após o acidente, o Corinthians perdeu a liderança e depois o título para o Santos.

No segundo semestre, o Timão deslanchou e chegou ao quadrangular final do Robertão. Só que, para tristeza da torcida, especialmente a recém-criada Gaviões da Fiel, o time perdeu para o Cruzeiro na última rodada e desperdiçou a oportunidade de ser campeão.

De bom mesmo em 69, só a conquista do Torneio Costa do Sol, na Espanha, e do Troféu Apolo V, nos EUA.


1970, 1971, 1972 e 1973

No início de 1970, o bi da copinha, ao vencer o Palmeiras na final por 4 x 2. Como no ano anterior, a final ainda não era disputada no Pacaembu.

Pelos profissioanis, duas boas contratações: o lateral-direito Zé Maria e o atacante Mirandinha. Mas o péssimo rendimento no ano fez com que o clube entrasse em crise. Wadih Helu perdeu as eleições em 1971 e o time passa por dificuldades financeiras.

Dentro de campo, o Corinthians vencia o primeiro Torneio do Povo.

Ainda em 1971, no dia 25 de abril, o Corinthians venceu um dos mais espetaculares e emocionantes jogos contra o Palmeiras. Um 4 x 3 digno da história sofredora do Timão!

Ver "Jogos históricos - Corinthians 4 x 3 Palmeiras - Campeonato Paulista de 1971".

Em 1972, o presidente Miguel Martinez foi destituído, e Vicente Matheus voltou a presidir o clube. Em campo, o Timão acabou novamente em quarto lugar no Campeonato Brasileiro e no Paulistão.

Em 1973, apenas o treinador mudou: Lustrich assumiu no lugar de Duque.


1974

No Brasileiro mais uma vez o time não foi bem e chegou somente até a 2º fase.

Mas a grande decepção ocorreu no Paulistão. Depois de vencer o primeiro turno do Paulista, o Corinthians garantiu vaga na final do campeonato e teve a chance de acabar com o jejum que durava 20 anos. Na final enfrentou o Palmeiras, campeão do segundo turno.

No primeiro jogo, empate em 1 x 1.

Na partida decisiva, disputada no dia 22 de dezembro, mais de 90 mil corinthiano lotaram o Morumbi naquele que é o 4º maior público da história do Corinthians (120.522 pagantes). Porém, mais uma vez veio a decepção: com gol de Ronaldo, aos 24 do 2º tempo, o Palmeiras sagrou-se campeão e colocou o Corinthians mais um ano na fila. Foi, com certeza, umas das maiores tristezas da história do clube.

E a imprensa apontou um culpado para a perda do título: Rivellino. Parte da diretoria e da torcida também achou isso. E assim chegava ao fim a história do Reizinho do Parque com a camisa do Corinthians, que sem clima para continuar no Parque São Jorge, foi vendido para o Fluminense no início do ano seguinte. Uma das páginas mais tristes e injustas da nossa história.


1975

Em 1975, o time não vai bem e chega em sexto no Brasileirão e quarto no Paulista. Enquanto isso, Rivelino era campeão carioca pelo Flu. De bom nesse ano, só a conquista da Copa São Paulo, torneio internacional disputado em São Paulo.


1976 - o ano da Invasão Corinthiana

Após ter ficado em 11º no Paulistão, o Corinthians depositou todas as suas forças no Campeonato Brasileiro de 1976.

Já na 3ª Fase da competição, onde se classificavam 2 times por grupo para a semifinal (9 times em cada grupo), o Corinthians começou mal: empate sem gols contra Portuguesa e Palmeiras e derrota para o Coritiba.

O sistema de pontuação era diferente do que é hoje: 2 pontos para vitória simples e 3 pontos para vitória por 2 ou mais gols de diferença.

Com esse começo terrível as chances de classificação eram bem difíceis. Mas o Corinthians emplacou 5 vitórias seguidas (duas delas de 3 pontos) e chegou a 14 pontos, ficando atrás apenas do Internacional.

O adversário da semifinal foi o Fluminense, que tinha um timaço chamado de "Máquina Tricolor", comandado por Rivellino, que tinha saído do Corinthians 2 anos antes.

E aí o que veio depois toso mundo sabe e virou história. No dia 5 de dezembro, um dos fatos mais fantásticos de nossa história: mais de 70 mil torcedores corintianos foram ao Maracanã prestigiar o time, no que ficou conhecida como "A Invasão Corinthiana".

Foi o maior deslocamento de pessoas no mundo por um evento esportivo de todos os tempos. Sem conbinar nada, os corinthianos foram para o Rio de ônibus, carro, moto. Invadiram as praias do Rio e as arquibancadas do Maracanã.

Dentro de campo, o Corinthians teve que se desdobrar para superar, nos pênaltis, o forte Fluminense de Rivelino, apelidado de "Máquina Tricolor", depois do empate em 1 a 1 no tempo regulamentar. Mas conseguiu: 4 a 1 nos pênaltis! A euforia tomou conta dos corinthianos.

Esse é o jogo com o maior público da história do Corinthians: 169.133 presentes, sendo 146.043 pagantes.

Ver "Jogos históricos - Corinthians x Fluminense - A invasão Corintiana (1976)".

Ver "Curiosidades - A Invasão Corinthiana".

Ver "Curiosidades - Maiores públicos do Corinthians".

A festa só não foi maior porque o time perdeu a final para o Inter uma semana depois, ao perder por 1 a 0 no Beira-Rio Ainda não fora daquela vez.

Mas este fato histórico fez todo mundo questionar: O que é o Corinthians? Como explicar essa paixão da torcida pelo seu time? A invasão foi motivo de debate e tema de notícias muito tempo depois do acontecido.

Ali a torcida do Corinthians mostrou que era diferente. Há quem diga que esse evento, combinado com a chegada de Sócrates dois anos depois, tenha sido a chama para a busca da liberdade no país dominado pela ditadura, culminando com a Democracia Corinthiana. Pois o povo viu que podia. Que foi e venceu.


1977 à 1989: O fim do jejum e a Democracia


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1 comentário

Edval s freitas     03.03.2022 - 11:59
esse é o time do povo eternamente o campeão dos campeões, ultimo campeão mundial da america do sul.



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1910 à 1912: E nasce o Time do Povo

1913 à 1939: Três décadas. Três Tri's

1940 à 1954: O ataque dos 100 gols

1955 à 1976: O jejum e a Invasão

1977 à 1989: O fim do jejum e a Democracia

1990 à 2005 : Anos dourados

2006 à 2013: Da queda ao Bi Mundial

2014 à 2022: Nova Casa. Novos Tempos




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