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Um título que coroou a retomada da confiança, iniciada em 2024, quando o Corinthians emplacou oito vitórias seguidas no Brasileirão e se livrou da ameaça real de rebaixamento.
Comandado pelo técnico argentino Ramón Díaz, o time contava com uma equipe repleta de bons jogadores estrangeiros: Rodrigo Garro, Félix Torres, Carrillo, Martínez e o mais badalado, o astro holandês Memphis Depay.
Além dos estrangeiros, o time também tinha outros jogadores importantes, como Hugo Souza no gol (que assumiu a posição após a saída de Carlos Miguel do clube), Romero, Talles Magno e Yuri Alberto, artilheiro do Brasileirão do ano anterior.
O regulamento era semelhante aos dos anos anteriores: Quatro grupos de quatro times, onde todos jogam contra todos dos outros grupos. Os dois melhores de cada grupo se enfrentam nas quartas de final. Quartas e semifinais em jogo único. Final em dois jogos.
O "fator casa", que sabemos sempre fazer a diferença a favor do Corinthians, nesse campeonato teve papel fundamental, com a Arena tendo uma média de público acima de 44 mil.
A campanha do Corinthians foi quase irretocável: 16 jogos, com 11 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota, para o São Paulo, que impossibilitou a conquista invicta da competição.
Um dos jogos de destaque da Primeira Fase foi o empate com o Palmeiras fora de casa por 1 x 1, com Yuri Alberto marcando o gol do Timão (e chutando a bandeirinha de escanteio, para irritação dos rivais), e Hugo Souza garantindo o empate ao defender o pênalti cobrado por Estevão, nos acréscimos do segundo tempo.
Outro jogo aguardado foi o clássico contra o Santos, na Arena. Era o terceiro jogo de Neymar atuando pela equipe santista após a volta ao futebol brasileiro. Com a Arena lotada (quebrando um novo recorde de público) e com um show do trio Garro-Memphis-Yuri, o Corinthians abriu 2 x 0 no primeiro tempo, com dois gols de Yuri Alberto.
O Santos ainda descontou aos 33 minutos do segundo tempo, mas ficou nisso. Neymar? Alguns lances bonitinhos, mas não conseguiu fazer muita coisa não, sendo sustituído aos 22 do segundo tempo.
Em primeiro lugar no grupo ao final da Primeira Fase (com 11 pontos à frente do segundo colocado), o Corinthians se classificou para as quartas para enfrentar o Mirassol, na Neo Química Arena.
Quartas de Final
O time da pequena cidade do interior de São Paulo estava empolgado, não só pela campanha no Paulista, mas também pela campanha
no Campeonato Brasileiro da Série B do ano anterior, quando conseguiu o histórico acesso para a Série A do Brasileirão 2025.
Mas o Corinthians não tomou conhecimento do Mirassol e venceu fácil por 2 x 0, com gols de Romero e Memphis.
A semifinal teria os quatro grandes pela primeira vez desde 2019, com o Corinthians garantindo mandar todos os jogos decisivos em casa.
Semifinal
O adversário da semifinal foi o Santos de Neymar, sem Neymar, que estava machucado.
E, novamente, Yuri Alberto fez valer o seu oportunismo e abriu o placar aos 11 minutos do primeiro tempo. O Santos descontou aos 38 do primeiro tempo, com Tiquinho Soares.
Mas Garro tratou de colocar o Timão na frente novamente aos 10 minutos da segunda etapa, com um golaço no ângulo! O Santos, que ainda teve dois jogadores expulsos, nada mais pôde fazer.
O Corinthians voltava a uma final de Paulista para enfrentar o Palmeiras, que eliminou o São Paulo ao vencer por 1 x 0.
Final
Uma final histórica. O Palmeiras buscava o tetracampeonato inédito na sua história (e na história do futebol profissional de São Paulo).
O Corinthians buscava quebrar o seu maior jejum de títulos desde 1977 e, de quebra, evitar o tetra do maior rival, vingando 2020, quando o próprio Palmeiras
evitou o tetra corinthiano.
O primeiro jogo, disputado em 16 de março no Allianz Parque, foi tenso e nervoso, com o time da casa tendo o maior número de chances da primeira etapa, mas nada de extraordinário.
O segundo tempo manteve o Palmeiras pressionando, mas quem marcou foi o Coringão: após belo passe de Memphis, Yuri Alberto (ele de novo), limpa a jogada e chuta forte da entrada da área, calando o estádio e marcando aquele que seria o gol do título (dessa vez, no lugar do chute na bandeirinha, beijos para a torcida).
O Palmeiras ainda tentou, atacou, mas não conseguiu o gol de empate.
Agora era na Arena. Estava nas mãos da Fiel!
27 de março de 2025. Com direito a novo recorde de público, 48.196 pagantes lotaram a Arena para empurrar o Corinthians para o seu 31º título estadual.
O jogo foi tenso e muito disputado, com o Corinthians começando com maior posse de bola e controle do jogo. Garro teve a melhor chance do primeiro tempo, ao acertar a trave adversária, aos 26 minutos. O primeiro tempo terminou sem outras grandes chances de nenhum lado.
As emoções estavam todas guardadas para a etapa final do jogo. O Palmeiras, que precisava da vitória para levar o jogo para os pênaltis, atacava, mas sem grande perigo.
Até que, aos 28 minutos do segundo tempo, Vítor Roque é lançado em profundidade e é derrubado na entrada da área por Félix Torres. Pênalti para o Palmeiras.
A tensão toma conta da Arena (e de todos que acompanhavam o jogo em casa e nos bares). Enquanto Raphael Veiga toma distância para efetuar a cobrança, Abel Ferreira é expulso,
após forte reclamação pedindo a expulsão do zagueiro corinthiano, que já tinha cartão amarelo.
Veiga correu para a bola e chutou no canto direito de Hugo, que voou e defendeu a cobrança (assim como tinha acontecido no jogo da Primeira Fase), para delírio da Fiel! O estádio enlouquece! Foi uma defesa com sabor de "gol do título". Hugo Souza tinha acabado de entrar para a história
e para a galeria dos grande heróis corinthianos!
Dois minutos depois, Felix Torres faz nova falta e é expulso do jogo, deixando o Corinthians com um jogador a menos.
E aí entrou em campo um elemento fundamental: a torcida corinthiana. Sim, a torcida entrou em campo, na forma de sinalizadores, fogos e fumaça.
Depois dos 40 minutos, time e torcida fizeram um pacto: nós vamos ganhar esse título na marra, de qualquer jeito. Não vai ter mais bola rolando. E assim foi.
A final do Paulistão se transformou numa final que mais parecia um jogo de Libertadores. A torcida, literalmente, incendiou o jogo.
Dentro de campo, o Corinthians segurava os ímpetos do Palmeiras e tentava manter a bola no ataque. Em um desses lances, Memphis pisa em cima de bola, irrita os palmeirenses
e inicia uma confusão generalizada, que terminou com as expulsões de Martínez e Marcelo Lomba (ambos do banco de reservas).
Fora de campo, a torcida fazia uma festa infernal, que há muito tempo não se via nos estádios brasileiros, deixando o ambiente totalmente caótico, psicodélico e intimidador.
A última grande chance do jogo foi do Corinthians, aos 53 minutos. Após um belo contra-ataque, Memphis deixa Yuri Alberto na cara do gol, que chuta para a grande defesa de Weverton.
E aos 63 minutos (!!) do segundo tempo, o árbitro apita o fim de jogo, para delírio do povo corinthiano!
Uma das finais mais dramáticas da história do Corinthians. Um dos Dérbis mais caóticos de todos os tempos.
CORINTHIANS, 31 vezes CAMPEÃO PAULISTA!
Durante as comemorações no gramado, o zagueiro Cacá foi até a torcida e entregou a taça nas mãos do presidente da Gaviões da Fiel, que, representando os torcedores do Brasil inteiro, levantou-a com orgulho, em uma cena emblemática e histórica!
Nada mais marecido depois de todo o clima criado pela torcida, que teve papel efetivo na conquista.
Ver "Jogos históricos - Corinthians 0 x 0 Palmeiras - Campeonato Paulista de 2025"
Os artilheiros do Timão na competição foram Yuri Alberto e Talles Magno, com 5 gols cada.
Na Seleção do Paulistão, cinco nomes: Hugo Souza, Matheuzinho, André Carillo, Yuri Alberti e o técnico Ramón Díaz.
Yuri ainda ganhou o prêmio de "Craque do Paulistão" e Memphis o de "drible mais bonito".

Em pé: Hugo Souza, Gustavo Henrique, Felix Torres, Fabrizio Angilieri, Raniele, André Ramalho,
Matheus Donelli, Talles Magno, Alex Santana,
Breno Bidon e Charles.
Agachados: Matheuzinho, André Carillo, José Martínez, Memphis Depay, Ryan, Rodrigo Garro, Yuri Alberto,
Romero, Matheus Bidu, Maycon,
Igor Coronado e Cacá.

O troféu do Paulistão de 2025
Campanha - Campeonato Paulista de 2025 |
|
1ª Fase |
16/01/2025 |
Red Bull Bragantino |
1 |
X |
2 |
Corinthians |
19/01/2025 |
Corinthians |
2 |
X |
1 |
Velo Clube |
22/01/2025 |
Corinthians |
2 |
X |
1 |
Água Santa |
26/01/2025 |
São Paulo |
3 |
X |
1 |
Corinthians |
29/01/2025 |
Ponte Preta |
0 |
X |
1 |
Corinthians |
01/02/2025 |
Corinthians |
2 |
X |
1 |
Noroeste |
03/02/2025 |
Novorizontino |
0 |
X |
1 |
Corinthians |
06/02/2025 |
Palmeiras |
1 |
X |
1 |
Corinthians |
09/02/2025 |
Corinthians |
2 |
X |
0 |
São Bernardo |
12/02/2025 |
Corinthians |
2 |
X |
1 |
Santos |
15/02/2025 |
Portuguesa |
2 |
X |
2 |
Corinthians |
23/02/2025 |
Corinthians |
2 |
X |
2 |
Guarani |
Quartas de final |
02/03/2025 |
Corinthians |
2 |
X |
0 |
Mirassol |
Semifinal |
09/03/2025 |
Corinthians |
2 |
X |
1 |
Santos |
Final |
16/03/2025 |
Palmeiras |
0 |
X |
1 |
Corinthians |
27/03/2025 |
Corinthians |
0 |
X |
0 |
Palmeiras |
Campanha - Campeonato Paulista de 2025 |
J |
V |
E |
D |
GP |
GC |
16 |
11 |
4 |
1 |
25 |
14 |
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2 comentários
Camila Brizotto
02.04.2025 - 12:50
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Caraças texto incrível Vi Parabéns
Eu li com lágrimas nos olhos e sentindo novamente a emoção!
Você consegue escrever e nos fazer sentir novamente a emoção!!
Tenho certeza que o Vô é mega orgulhoso desse Corinthiano que se tornou ????????
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Resposta de Victor Hugo Brizotto Garcia 02.04.2025 - 16:29
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Muito Obrigado Mila!
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