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Dois símbolos que representam bem o Espírito Corinthiano.
Mosqueteiro
Existem duas versões sobre a origem do nosso mascote oficial.
A primeira data de 1913, quando o Corinthians saiu da várzea e conseguiu uma vaga para disputar o Campeonato Paulista daquele ano, contra outros
três clubes, apelidados de "Três Mosqueteiros": Americano, Germânia e Internacional. O Corinthians seria o quarto mosqueteiro, como D'Artagnan,
do famoso romance do Alexandre Dumas.
Mas a versão mais difundida e tida como verdadeira vem de 1929.
No dia 1º de maio daquele ano, o Corinthians conseguiu a sua primeira vitória internacional, contra o Barracas, da Argentina, em um amistodo disputado no Parque São Jorge.
O Timão venceu por 3 x 1, gols de Aparício, Rodrigues e Rato, fazendo o jornalista Tomás Mazzoni, do jornal "A Gazeta", vibrar com a fibra de mosqueteiros com que os jogadores do Timão jogaram aquele certame.
Ver "Jogos Históricos - Corinthians 3 x 1 Barracas (ARG) - A primeira vitória internacional (1929).

São Jorge
*Texto adaptado, baseado na matéria de Fábio Petrillo, do site Loucos por ti, e na matéria de Yago Rudá, no site do Globo Esporte, publicada em 23/04/2025.
O acaso ligou a trajetória do Sport Club Corinthians Paulista a São Jorge. Durante seus 90 anos de história, glórias e percalços, o Corinthians incorporou publicamente o estigma de time guerreiro, que jamais desanima e persegue incansavelmente seus objetivos, também atribuídos ao santo.
Mas quem foi São Jorge? Apesar da sua existência não ser confirmada e muitas de suas histórias virem de misturas de tradições cristãs e lendas, a narrativa oficial conta que Jorge teria nascido por volta do ano 280 d.C. na Capadócia, atual Turquia, e se mudou mais tarde para a região da Palestina. Ao longo da vida, ele se alistou no exército do Império Romano.
Jorge, que era cristão, foi morto em 303 d.C. porque teria se negado a matar e perseguir cristãos — uma ordem direta de Diocleciano, então imperador romano. Por esta razão, Jorge foi decapitado no dia 23 de abril, data que seria lembrada depois como o dia de homenagens ao santo.
Associar as características das equipes corintianas à legendária história do santo guerreiro não foi uma árdua tarefa para imprensa e torcida paulistas. Mas o que poucos sabem é que estes dois símbolos de garra e obstinação foram unidos por uma coincidência histórica e não por suas semelhanças.
Segundo o historiador do clube Fernando Wanner, no início da década de 1920 o Conselho Deliberativo do Corinthians precisava tomar uma decisão: renovar a concessão pública para o uso do terreno do estádio da Ponte Grande ou procurar um local para ser a nova sede do clube.
Antônio Pereira - português que foi um dos fundadores do clube - sugeriu a compra de uma fazenda, localizada no bairro do Tatuapé.
O nome da fazenda, São Jorge, veio da devoção que os antigos donos Assad Adballa e Nagib Sallem tinham pelo santo guerreiro. A fazenda já tinha um campo de futebol, arquibancadas e uma praça de esporte já construída.
A ideia foi rejeitada algumas vezes pelos conselheiros, entre 1924 e 25. Até que Pereira resolveu apelar e colocar uma estátua de São Jorge sob a mesa do Conselho e dizer que o Santo convocava o Corinthians para se tornar o nosso padroeiro e o nosso guia através da história. O clube já tinha uma devoção guerreira, um time da várzea, de operários, de superação.
E funcionou: em 1926, o Corinthians adquiriu a sua sede própria. E o Corinthians ficou conhecido como o time da Fazendinha, assim como adotou São Jorge como seu padroeiro.
Mas há quem conteste esta versão. Segundo o monsenhor Arnaldo Beltrame, responsável pela capela do clube, São Jorge era o padroeiro do Corinthians Football Club, equipe inglesa que, em visita ao Brasil, inspirou o nome do Corinthians Paulista, em 1910.
Ainda conforme os relatos do monsenhor Beltrame, os fundadores do Corinthians brasileiro resolveram também adotar o mesmo padroeiro da fonte de inspiração inglesa (São Jorge também é o padroeiro da capital inglesa).
Mas a união definitiva entre time e santo se daria no fatídico ano de 1973. Após a frustrante derrota na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1972 para o Botafogo do Rio, o compositor Paulinho Nogueira compôs e gravou "Meus 20 anos (Ai Corinthians)", que emplacou sem dificuldade nas paradas de sucesso. Nos versos da composição dedicada ao sofrimento corintiano não poderia faltar a citação ao padroeiro São Jorge: "E lá se vão 20 anos alimentando ilusão [...] meu São Jorge me dê forças, para poder um dia enfim, descontar meu sofrimento em cima de quem riu de mim".
Este momento marcou o efêmero apogeu do relacionamento entre torcida corintiana e São Jorge. Depois da quebra do jejum de títulos, em 1977, os torcedores alvinegros trocaram o apego ao santo pelo auto-reverência. Os anos de sofrimento na fila (quando curiosamente o número de corintianos aumentou) tornaram a torcida alvinegra mais mítica do que qualquer outro símbolo. Foi nesta época que surgiu a expressão "Fiel torcida".
No Parque São Jorge, ao lado da estátua do santo, há uma imagem de Ogum, o orixá guerreiro cultuado por religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé.
Ogum é um guerreiro africano, muito lutador. É um negro alto, forte, destemido, que costuma ser representado sem camisa e com vestes vermelhas e com uma lança na mão. São Jorge é um santo católico, geralmente representado em cima de um cavalo branco, vestindo uma armadura, segurando uma lança e matando um dragão.
Por isso ambos são comparados pela força e pela guerra.
Em vista disso, o artista plástico Orfeu Domingues Alves Maia, responsável pela modernização do escudo do Corinthians na década de 1980, usou o “Ponto de Ogum” como inspiração para a sua criação.
Ou seja, podemos dizer que o Corinthians carrega o seu Santo Padroeiro no peito!
Em 2011, o Corinthians homenageou oficialmente o Santo, estampando a sua imagem na terceira camisa do time, de cor grená.



Oração de São Jorge
São Jorge, guerreiro vencedor do dragão, rogai por nós.
Ó São Jorge, meu guerreiro, invencível na Fé em Deus, que trazeis em vosso rosto a esperança e confiança abra os meus caminhos.
Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos,
tendo pés não me alcancem,
tendo mãos não me peguem,
tendo olhos não me vejam,
e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão,
facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar,
cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda
com o poder de sua santa e divina graça,
Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino,
protegendo-me em todas as minhas dores e aflições,
e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder,
seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus,
estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas,
defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza,
e que debaixo das patas de seu fiel ginete
meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós.
Ajudai-me a superar todo o desanimo e alcançar a graça que tanto preciso:
(fazei aqui o seu pedido)
Dai-me coragem e esperança, fortalecei minha FÉ e auxiliai-me nesta necessidade.
Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
Amém
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Denis Roberto Modenesi
31.05.2022 - 18:24
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A explicação do Padre Beltrame, para termos São Jorge como nosso padroeiro, realmente não conhecia.Mas,creio,numa confluências de grandes coincidencias. Ou seja, a mudança do Bom Retiro para aZona Leste, no Parque Sao Jorge. O padroeiro da Inglaterra ser São Jorge, a bandeira inglesa tem a cruz de São Jorge como representação única, essa infinformao da ligação do Corinthian ingles com o santo(padroeiro do país). A identificação do guerreiro cristão com o espiritoguerreiro corinthiano.
Qto a questão da canção, esquece isso.O grande mestre e corinthiano, Paulinho Nogueira, compôs essa musica e letra, após uma sofrida semi f8nal de brasileiro de 1972! Onde fomos roubados!
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JOSÉ ARAÚJO FILHO
20.09.2021 - 12:54
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APESAR DA DISTANCIA, POIS MORO EM PERNAMBUCO NA CIDADE DE OLINDA. SOU CORINTHIANO DESDE 1954, O ANO DO IV CENTENÁRIO DE SÃO PAULO, NO QUAL FOMOS CAMPEÕES.TUDO ATINENTE AO TIMÃO EU P0ROCURO ACOMPANHGA, INCLUSIVE A HISTÓRIA DA CAPELINHA DE SÃO JORGE, SANTO PELA QUAL TENHO DEVOÇÃO.
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